Mini-entrevista com a ilustradora Taisa Borges - Editora Peirópolis

Mini-entrevista com a ilustradora Taisa Borges

Taisa Borges. Foto: Luciano Bernardes

“Já passei por diversas fases, mas a literatura que acolheu minhas imagens como suas foi a indígena.” 

1. Você já ilustrou muitos livros escritos por autores de origem indígena. Você considera que há uma especificidade nesses trabalhos?

Sim, ilustrei diversos autores indígenas. Isso acontece porque eu gosto muito das imagens criadas pelos indígenas brasileiros e me inspiro neles. Somo com meu repertório para contar suas estórias.

2. No caso específico do Uga, de Kaká Werá, que tem mais de 20 imagens coloridas, por que em algumas imagens parecem os rascunhos em lápis?

Usei lápis a óleo, material que adoro e acho que enriquece a imagem. A ideia era deixar rastros do processo de desenho, rascunhos, aproximações. E dar um descanso de tantas cores.

3.    Como você fez para representar a diferença de perspectiva, aspecto fundamental, uma das chaves de leitura dessa história?  

Através das cores e tamanhos dos caminhos. Fiquei confusa no início, porque o indígena não usa representar a perspectiva em seus desenhos; não do mesmo jeito que usamos.

4.    Qual a importância da perspectiva no seu trabalho ilustrando histórias para crianças? O que aparece nesse livro dialoga com outros trabalhos?  

Busco a cada trabalho ser mais livre nas formas e usar as cores como guias e aliadas. Estou sempre atrás da criança que fui.

O diálogo acontece nessa mesma ideia e desejo de vida limpa e estética, que o indígena desenvolveu tão lindamente.

Já passei por diversas fases como ilustradora, mas a literatura que acolheu minhas imagens como suas foi a indígena.

 

 

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