Um jogo chamado música – Áudios
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O jogo proposto pela autora Teca Alencar de Brito no livro Um jogo chamado música “se atualiza pela escuta e pela produção de formas sonoras, em improvisações, em repetições (diferentes), em invenções, em processos criativos, em suas muitas instâncias e possibilidades, enfim. Jogo do sensível, da expressão, do Pensamento, da Escuta. Música como jogo ou um jogo chamado… Música”.
Acesse abaixo algumas das gravações realizadas pela autora com alunos e alunas, amigos e amigas que participaram de aulas e outros projetos ao longo dos 34 anos de existência da Teca Oficina de Música.
Alerta
Com ou sem a presença de um “condutor”, “Alerta” é um jogo que, a um só tempo, integra e contrasta som e silêncio, elementos opostos e complementares, matérias primas do fazer musical. Por outro lado, o jogo estimula e desenvolve a concentração, a atenção e, também, a rapidez de reação mecânica, motora, contribuindo, também, com a ampliação das capacidades de concentração e escuta dos sons do entorno, ou seja, das distintas paisagens sonoras.
A brincadeira do rio
Jogo que permite experimentar diferentes andamentos (velocidades) e intensidades (a força do som).
O chefe da turma indica o caminho que levará todo o grupo à beira do rio. Ele conhece bem o caminho e, por isso, “aperta” o passo quando sabe que é possível, ou segue mais devagar e cautelosamente quando há “perigo” por perto. E para, subitamente, quando chega à margem do rio. Quem não parar junto, “mergulha de cabeça no rio!”
Café da manhã
Jogo que estimula a escuta, a percepção da Forma, a importância do diálogo e do silêncio.
O projeto de improvisação “Café da manhã” foi desenvolvido na década de 1980 com um grupo de crianças cujas idades variavam entre nove e dez anos, alunas de musicalização no Conservatório Musical Brooklin Paulista, onde a autora Teca Alencar trabalhou por vários anos.
Nos anos que se seguiram, a mesma proposta repetiu‑se diferente, adaptando‑se às escolhas dos instrumentos musicais utilizados pelos alunos e alunas, bem como à singularidade de cada grupo.
Nesta versão, uma gravação realizada com um grupo de musicalização, alunos da Teca Oficina de Música, contamos com a toalha de mesa (carrilhão intratonal); pires, xícara, bule, café, leite, pão, bolo, manteiga e açúcar.
Espelho
Jogo que trabalha com o conceito de relacionamento dialogal.
Modelo de improvisação desenvolvido com um grupo cujos participantes tinham idades entre 10 e 12 anos, no curso de musicalização do Conservatório Musical Brooklin Paulista, no segundo semestre de 1981. O objetivo foi trabalhar com o conceito de relacionamento dialogal, tal como propunha o compositor e educador musical Hans‑Joachim Koellreutter(1915‑2005), sugerindo distintas possibilidades para a comunicação:
O grupo buscou, coletivamente, encontrar um tema que permitisse a concretização do que fora proposto, chegando a uma história que começa assim:
“Havia um espelho que retratava não o exterior, a aparência das pessoas, mas as características pessoais, a personalidade de cada uma…”
Na sala de aula
Jogo de criação e imitação rítmica.
“Na sala de aula” é um jogo que trabalha, prioritariamente, com a produção de ritmos métricos, integrando também ritmos não métricos. O grupo de alunos utiliza instrumentos de pele (tambores de vários tipos e tamanhos), enquanto o professor toca clavas (cujo timbre de madeira se destaca, facilitando a compreensão do ritmo criado). Esse jogo foi criado por Teca Alencar, anos atrás, no contexto de seu trabalho como educadora musical na Teca Oficina de Música.
Sinal verde, sinal vermelho
Jogo desenvolvido com dois diferentes timbres utilizados para permitir ou proibir.arealização de diálogos sonoros.
Este jogo derivou de uma proposta de H.‑J. Koellreutterchamada “Permitido‑Proibido”, que ele apresentou no curso de Atualização Pedagógica ao qual já me referi anteriormente. Nele, dois diferentes timbres eram utilizados para permitir e para proibir a realização de diálogos sonoros entre algumas duplas, contando com variáveis que tornavam a proposta muito interessante, mas complexa para trabalhar com as crianças menores.
“Sinal verde, sinal vermelho” abre, para os alunos e alunas, a possibilidade de escolherem os materiais sonoros que querem tocar para representar sonoramente o meio de transporte escolhido (sim, cada criança escolhe o que quer ser: carro, moto, caminhão, bicicleta etc) favorecendo, também, a pesquisa de modos de ação, produzindo diferentes timbres, variando a intensidade, a velocidade, proporcionando, especialmente, a vivência do silêncio. Dois timbres representam os
sinais (verde e vermelho) sendo que, com as crianças mais velhas, o jogo pode se tornar mais complexo com a inserção do sinal amarelo (um timbre que alerta para a mudança de andamento: todos tocam mais lentamente, pois logo virá o sinal vermelho); com os pedestres (que tocam quando os veículos silenciam e, muitas vezes, movimentam‑se pelo espaço), variando o andamento (a velocidade) e, enfim, gerando novas informações e mudanças que enriquecem a proposta e favorecem o desenvolvimento de escutas mais qualificadas, atentas e criativas.
Sonho da cidade
Jogo para se desenvolver questões como memória, direção sonora, regência e notação.
Esse jogo foi criado pela autora e, pouco a pouco, transformou-se, incorporando sugestões e variações que surgiram e que seguem surgindo nos diferentes contextos de seu acontecimento. Assim, já foi realizado em grupos diversos, com crianças (a partir de cinco ou seis anos), até adolescentes e adultos (especialmente estudantes e/ou professores de música).
A proposta começa por uma história de um menino que dormia e… Porque existe a magia, é possível viver este sonho!
Para valorizar a diversidade de versões que este e outros jogos possibilitam, a autora selecionou duas gravações. Uma delas, registrada no CD Nós que fizemos, traz uma canção elaborada pelas crianças de uma das turmas da Teca Oficina de Música, após o jogo de improvisação “Sonho da cidade”.
Um passeio na savana
Jogo de improvisação com base nos preceitos defendidos por Koellreutter.
Este jogo foi criado e escrito no início da década de 1990, quando Hans‑Joachim Koellreuttersupervisionava o trabalho pedagógico e musical que Teca desenvolvia com crianças e adolescentes, com base em muitos dos preceitos que ele defendia e orientava.
E assim foi com o processo de criação de “Uma aventura na savana africana” que, na verdade, começou durante um encontro, em um grupo formado por crianças com idades entre 6 e 7 anos.
Uma das crianças propôs que fizéssemos uma música sobre animais e, após várias conversas, ouvindo as ideias que surgiam, conseguimos delinear um roteiro para o nosso novo jogo musical.
2 Comments
Amei
amei….as crianças vão amar também!
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