Uma árvore que dá canções?
O livro orgulhosa e recentemente lançado pela Peirópolis O céu, a terra e a vírgula, do poeta e educador Francisco Marques, o Chico dos Bonecos, com ilustrações de Joana Resek, transformou-se numa árvore. Uma árvore que dá canções! E podem ser ouvidas aqui, no site do autor. As canções que você vai escutar são interpretadas pelo “Grupo Triii” – formado por Marina Pittier, Fê Sztok e Estêvão Marques. Estão todas em “domínio público”. Francisco Marques explica o que significa dizer: “entre outras coisas, que são canções de autores desconhecidos. Sim, porque canções não dão em árvores. Se bem que… Uma “árvore que dá canções” pode dar um bom conto de fadas.”
Após vários anos de dedicação às obras de Comênio e Chesterton, Chico encontrou o espírito dos contos de fadas e recontou alguns deles, situando-os na pequena Conceição do Rio Verde, ou em Lambari, no sul de Minas Gerais. Além das histórias, o autor oferece um paratexto sobre a origem de cada uma delas e especialmente sobre Chesterton, filósofo e grande contador de histórias, que descobriu aquilo que todo mundo sabia, mas que é sempre necessário lembrar: “Os contos de fadas me revelaram que a vida é, ao mesmo tempo, uma preciosidade e um enigma”.
Em O céu, a terra e a vírgula conversam várias gerações de leitores; e várias gerações de personagens se encontram. O Irmão Mais Velho, o Do Meio e o Mais Novo, e também seus filhos, netos, bisnetos, tataranetos e assim por diante. Todos eles moram num lugar bem brasileiro, pegam ônibus na recôndita rodoviária de Conceição do Rio Verde, mas acreditam nas mesmas coisas que seus pais, seus avós, seus bisavós, tataravós e toda sua ascendência. E nas mesmas coisas que se acredita do outro lado do oceano ou nos polos. Afinal, ensinou Chesterton, a essência da alma humana está nos contos de fadas. Eles narram as histórias de sempre para gerações de sempre. São clássicos porque são fundamentais.
Conheça mais obras do autor:
O Lenhador; Desvendério: quem conta um conto omite um ponto e aumenta três; Muitas coisas, poucas palavras: a oficina do professor Comênio e a arte de ensinar e aprender; Muitos dedos: enredos; Galeio: antologia poética para crianças e adultos
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