Kiusam de Oliveira e a representatividade negra - Editora Peirópolis

Kiusam de Oliveira e a representatividade negra

Nascida em Santo André, grande São Paulo, aos 14 anos ingressou no Colégio IESA para cursar Magistério de 2o Grau. Logo após, foi para a Fundação Santo André cursar Pedagogia, com habilitações em Administração Escolar e Orientação Educacional. Para qualificar-se fez lato-sensu em Metodologia do Ensino Superior e, na sequência, na USP habilitou-se em Deficiência Intelectual e Mestrado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano e Doutorado em Educação, ambos pela USP.

Atua como professora há mais de 25 anos, tendo dedicado grande parte deste período à Educação Especial e à formação de profissionais de Educação no município de Diadema/SP, implantando a lei 10.639/03 e ocupando funções de gestão pública. Desenvolveu também, ao longo de anos, atividades formativas para educadores e profissionais de todas as áreas juntamente às instituições públicas e privadas, com temáticas relacionadas à diversidade de gêneros, questões étnico-raciais e afins.

Leitora contumaz e escritora, desde pequenina foi incentivada por sua mãe, que colocava nos bolsos dela bloquinhos de notas e lápis, para ela registrar o que visse pela frente. Sua mãe era uma associada do Círculo do Livro e a deixou escolher um livro pela primeira vez. Sua escolha? Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões. Sua segunda escolha? Os Sertões, de Euclides da Cunha. Ousada! E ela tinha apenas 10 anos.

Entre diversas atividades desenvolvidas desde a infância, iniciou ballet clássico aos seis anos; arte que seguiu estudando por 18 anos sequentes, tendo se tornado professora ainda adolescente, para turminhas de baby class. Estudou com Madame Toshie Kobayashi, Alfredo Valderrama, Vânia Motta, Joyce, Lennie Dale, entre outros nomes importantes desta categoria.

Aos 16 anos, teve seus primeiros contatos com a dança-afro, na Escola de Samba Unidos do Peruche. De 2000 a 2007 montou a “Corte dos Orixás” do Bloco Afro Ilu Obá de Min, em São Paulo e começou a ministrar a oficina Ará Ayó: Dançando e Cantando com os Orixás, em São Paulo e em todo o país. Também a partir daí, foi se aprofundando em danças-afro-brasileiras. Desde 2007 integra como bailarina e coreógrafa o show Tecnomacumba, de Rita Benneditto.

A partir de 2009, iniciou uma sequência de lançamentos literários, com grande repercussão nacional e internacional. Suas obras foram premiadas por diversas frentes: com o livro Omo-Oba-Historias de Princesas, altamente premiado e que em 2019 completou 10 anos de sua primeira edição.

Prêmio ProAC Cultura Negra 2012 (O Mundo no Black Power de Tayó) e elencado no ranking dos dez livros mais importantes do mundo, em direitos humanos, pela ONU, entre outros. Até o ano de 2019, a multi-artista dedicou-se também às atividades acadêmicas, tendo se mudado para o Espírito Santo para lecionar na Universidade Federal do Espírito Santo.

 

Assista aos vídeos e entrevistas com a autora:

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