Um jogo chamado música – Galeria de imagens
Nesta página, você poderá visualizar imagens do ambiente sonoro-musical da Teca-Oficina de Música em que acontecem, prioritariamente, as aulas coletivas para crianças e adolescentes, e oficinas e cursos para educadores e educadoras.
A sala de música abriga o grande acervo de instrumentos musicais da autora reunidos ao longo de sua trajetória, assim como sucatas e materiais variados utilizados na confecção dos instrumentos musicais feitos por alunos e alunas, nos diversos grupos.
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A sala de musicalização é um espaço sonoro construído ao longo de
muito tempo. Reúne instrumentos musicais, sucatas e materiais diversos
utilizados na confecção de instrumentos, alguns brinquedos (fantoches, brinquedos sonoros…), cds e, enfim, muitas coisas.
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O kazoo (ou mirlitão) é um instrumento
de sopro que conta com uma membrana que vibra e transforma o timbre quando
se vocaliza nele. O ar produz a vibração
da membrana, gerando um timbre
de zumbido. Costumo dizer que o kazoo é uma espécie de máscara da voz, que transforma o timbre e permite brincar com os sons vocais. Podemos fazer kazoos usando tubinhos de papelão,
de bambus, metais etc. O caminho mais simples é fechar um dos lados do tubo com papel celofane, prendendo com elástico ou barbante, fixando bem, mas sem esticar demais o papel. Para fazê-lo funcionar, precisamos cantar (sem letra), usando a sílaba “tu” ou outra, de modo
a provocar a vibração da membrana que, assim, produz o timbre do instrumento.
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Nestas imagens, é possível observar de perto exemplos de materiais utilizados para confecção de instrumentos, tais como tampinhas de garrafas de metal, suportes de durex coloridos, cordas
e fitas etc. Trabalhando com a criação e construção de instrumentos e materiais sonoros há mais de trinta anos, observo a mudança dos materiais disponíveis, das chamadas sucatas, ao longo desse percurso. Por isso, é fundamental observar o entorno e manter-se alerta para aproveitar todo e qualquer material que possa ser transformado em
um instrumento musical, muitas vezes criado por nós ou, o que é ainda
melhor, pelos alunos e pelas alunas com os quais trabalhamos!
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Nesta imagem, percebemos uma diversidade de materiais sonoros, dos mais comuns a alguns mais raros
e distantes de nosso cotidiano sonoro‑musical. Sinos de diversos tamanhos, maracas, ganzás, pandeiros, tamborins, xilofones com placas individuais
(ou seja, separadas umas das outras,
de modo que cada uma pode tocar
uma nota apenas, ou várias, conforme
a situação), cocos, afoxé, tambor
de chuva e muitas outras coisas. No alto, estão os fantoches e bonecos, que por vezes participam de nossas aulas, seja para convidar as crianças para escolherem os instrumentos que querem tocar, seja para se tornarem personagens de histórias musicadas. À direita, vê-se parte de uma marimba guatemalteca. Destaco ainda a presença das cajitas peruanas no lado esquerdo de uma das prateleiras. Esse instrumento tradicional na cultura peruana consiste em uma
caixa de madeira que se pendura no pescoço e percute-se com uma baqueta. Com uma mão, o instrumentista abre e fecha a cajita, e com a outra, ele percute com a caixa, produzindo ritmos que se mesclam ao som produzido pelo abrir e fechar do instrumento.
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Antes de se referir a um instrumento musical, a palavra “clava” era associada
a uma arma: um pedaço de madeira
com um dos lados mais pesado, usado para golpear adversários. Assim como ocorreu com outros materiais, no decorrer do tempo, as clavas transformaram-se em instrumentos musicais. Na rumba cubana, um par de clavas marca o ritmo fundamental de um modo tão presente que o próprio instrumento passou a ser chamado também de pau-de-rumba.
Os tubinhos de madeira que aparecem
na foto são usados, por vezes,
como clavas. Mas podem ser explorados como apitos (fechando a parte de baixo). Os blocos de madeira (wood-blocks), também podem desempenhar a função
de raspadores.
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Este instrumento é um móbile sonoro feito há muitos anos com potes de bebida à base de leite fermentado, muito comum no universo infantil. Foi produzido coletivamente, por vários grupos de alunos de musicalização, e segue sonorizando histórias e situações diversas.
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Os instrumentos musicais de percussão abarcam aqueles que produzem efeitos sonoros diversos. Nesta foto, misturam-se algumas possibilidades: o instrumento feito (a muitas mãos) valendo-se de potes de plástico descartáveis; um carrilhão feito com chaves; um carrilhão comprado pronto, sinos, sementes, entre outras possibilidades.
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Criado pelo luthier Márcio Vieira, que vive em Pirenópolis (GO), este carrilhão de chaves é um de meus instrumentos musicais favoritos. A sonoridade do instrumento é incrível, pois Márcio não apenas selecionou as chaves que usaria como afinou-as em quartos de tom, ou seja, em intervalos menores do que um semitom. O resultado de seu trabalho minucioso, raspando cada chave, é maravilhoso!
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Grande parte dos materiais que estão nessa parede é utilizada para produzir efeitos sonoros. E a maioria é originária de outras culturas, de outros povos. Mas temos um gonguê utilizado no maracatu pernambucano (o instrumento preto com formato de sino, no alto) e também uma esterija (esteirinha) colombiana, que tocamos raspando uma parte na outra, com o instrumento preso nas duas mãos.
Alguns dos materiais são usados no tornozelo, em danças tradicionais (da India, África e América Latina). No alto, vemos os guizos indianos e também outros materiais, feitos com sementes, palha, unhas de lhama e outros recursos naturais. No meio deles, destaco um instrumento muito antigo, feito aqui na escola utilizando uma parte de um chuveiro!
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A queixada é um instrumento latino-americano, muito presente no Peru. É um raspador, próximo a um reco-reco e, hoje em dia, já difícil de encontrar. Quando eu apresento esse instrumento às crianças, elas se espantam e costumam perguntar: “mataram o burro para fazer um instrumento?” Eu aproveito para abordar o assunto, explicando que os instrumentos muito antigos eram feitos com materiais da natureza, desde troncos e galhos de árvores, sementes e tubos de bambu até peles e ossos de animais. No caso da queixada, a arcada dentária de um animal é aproveitada. Então, explico às crianças que já existe um instrumento chamado de queixada ou, em inglês, vibraslapt, que procura se aproximar do timbre da queixada de osso. Da mesma maneira, peles de animais antes comuns nos tambores estão sendo substituídas pelo nylon ou outros materiais sintéticos.
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Ao lado dos vários reco-animais (porco-reco, sapo-reco, gafanhoto-reco…, temos dois exemplos de ayote (ou ayoti), instrumento de percussão de origem centro-americana feito de casco da tartaruga. Percutido ou raspado com uma baqueta, toca-se segurando-o com o braço, como também, apoiando-o em uma superfície qualquer. Pode ser tocado dos dois lados (na parte plana ou na convexa).
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Ao lado dos vários reco-animais (porco-reco, sapo-reco, gafanhoto-reco…, temos dois exemplos de ayote (ou ayoti), instrumento de percussão de origem centro-americana feito de casco da tartaruga. Percutido ou raspado com uma baqueta, toca-se segurando-o com o braço, como também, apoiando-o em uma superfície qualquer. Pode ser tocado dos dois lados (na parte plana ou na convexa).
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Baquetas de vários tipos, tamanhos e materiais. Até alguns bilros, usados para tecer a renda, viraram baquetas!
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Os reco-recos, instrumentos raspadores, são encontrados em todas as culturas, feitos com diversos materiais, diferentes formatos e com timbres distintos. Nós podemos também criar nossos próprios reco-recos, usando tubos de papelão, garrafas Pet, molas, dentre outras possibilidades. Sem esquecer, é claro, de encontrar uma baqueta!
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Os xilofones e metalofones introduzidos nos territórios da Educação Musical pelo importante compositor alemão Carl Orff (1895-1982) são sempre bem-vindos nas aulas de musicalização e, a meu ver, podemos trabalhar com eles de diversas maneiras: estimular a realização de improvisações, de pequenas composições, usando-os também para “descobrir” linhas melódicas; ou propor outras organizações sonoras, outros timbres etc, transformando tais instrumentos em potentes “máquinas sonoras”, geradoras de ambientes sonoro-musicais diversos.
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Neste recorte de uma das prateleiras com instrumentos, ficam evidentes os sinos, utilizados para estimular escutas mais atentas, enquanto encantam e enriquecem as produções sonoro-musicais. Vale muito escutar cada um, criando critérios de seleção: pela altura (mais grave ou mais agudo); pelo timbre, pela potência sonora… Bom escutar um sininho bem leve no ouvido para despertar do relaxamento ou do jogo do escutar, como fazemos constantemente. Também se encontram na prateleira o agogô, triângulos, um xilofone e um metalofone com teclas individuais, um flexaton incompleto e até duas garrafinhas Pet de água com miçangas em seu interior.
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Antes de se referir a um instrumento musical, a palavra “clava” era associada a uma arma: um pedaço de madeira com um dos lados mais pesado, usado para golpear adversários. Assim como ocorreu com outros materiais, no decorrer do tempo, as clavas transformaram-se em instrumentos musicais. Na rumba cubana, um par de clavas marca o ritmo fundamental de um modo tão presente que o próprio instrumento passou a ser chamado também de pau-de-rumba. Os tubinhos de madeira que aparecem na foto são usados, por vezes, como clavas. Mas também podem ser explorados como apitos (fechando a parte de baixo). Já o blocos de madeira são também wood-blocks, com a possibilidade de serem, também, raspadores.
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Se existe a cajita (caixa pequena) no Peru, existe também o cajón (caixa grande), mais popular, bem conhecido e presente aqui no Brasil. Nesta imagem vemos diferentes exemplos de cajón. É interessante notar que tanto o cajón quanto a cajita transformaram-se de objetos funcionais em instrumentos musicais. Segundo informações da educadora musical e musicista peruana Lili Romero, antes de se tornarem instrumentos musicais, as cajitas foram usadas em cerimônias religiosas, nas igrejas. Com uma caixa pendurada no pescoço, uma pessoa passava pelos bancos abrindo e fechando a tampa para que os presentes na cerimônia colaborassem. E os sons resultantes do ‘jogo’ de abrir e fechar a caixinha foi gerando ritmos e sonoridades, de modo que um objeto funcional se transformou, por fim, em um instrumento musical de importância para a cultura peruana (e não só!). Já o surgimento do cajón é atribuído à época do Peru colonial, quando africanos escravizados foram proibidos de tocar seus instrumentos musicais e por isso passaram a utilizar caixas de madeira, inclusive gavetas, para substituírem os seus próprios instrumentos.
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Nesta imagem, percebemos uma diversidade de materiais sonoros, dos mais comuns a alguns mais raros e distantes de nosso cotidiano sonoro-musical. Sinos de diversos tamanhos, maracas, ganzás, pandeiros, tamborins, xilofones com placas individuais (ou seja, separadas umas das outras, de modo que cada uma pode tocar uma nota apenas, ou várias, conforme a situação), cocos, afoxé, tambor de chuva e muitas outras coisas. No alto, estão os fantoches e bonecos, que por vezes participam de nossas aulas, seja para convidar as crianças para escolherem os instrumentos que querem tocar, seja para se tornarem personagens de histórias musicadas. À direita, vê-se parte de uma marimba guatemalteca. Destaco ainda a presença das cajitas peruanas no lado esquerdo de uma das prateleiras. Esse instrumento tradicional na cultura peruana consiste em uma caixa de madeira que se pendura no pescoço e percute-se com uma baqueta. Com uma mão, o instrumentista abre e fecha a cajita, e com a outra mão, ele percute com a caixa, produzindo ritmos que se mesclam ao som produzido pelo abrir e fechar do instrumento.
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Próximos às prateleiras com sucatas usadas para criar novos materiais sonoros, encontram-se instrumentos como a zabumba brasileira, o derback turco, o tambor de crioula brasileiro e o tambor do candombe uruguaio. Também é possível observar à direita o steel drum, tambor original de Trinidade e Tobago, feito com partes dos latões de petróleo (o tambor de aço amarelo, com faixa vermelha).
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Nestas imagens, é possível observar de perto exemplos de materiais utilizados para confecção de instrumentos, tais como cápsulas de café, tampinhas de garrafas de metal, suportes de durex coloridos, cordas e fitas etc. Trabalhando com a criação e construção de instrumentos e materiais sonoros há mais de trinta anos, observo a mudança dos materiais disponíveis, das chamadas sucatas, ao longo desse percurso. Por isso, é fundamental observar o entorno e manter-se alerta para aproveitar todo e qualquer material que possa ser transformado em um instrumento musical, muitas vezes criados por nós ou, o que é ainda melhor, pelos alunos e pelas alunas com os quais trabalhamos!
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Nestas imagens, é possível observar de perto exemplos de materiais utilizados para confecção de instrumentos, tais como cápsulas de café, tampinhas de garrafas de metal, suportes de durex coloridos, cordas e fitas etc. Trabalhando com a criação e construção de instrumentos e materiais sonoros há mais de trinta anos, observo a mudança dos materiais disponíveis, das chamadas sucatas, ao longo desse percurso. Por isso, é fundamental observar o entorno e manter-se alerta para aproveitar todo e qualquer material que possa ser transformado em um instrumento musical, muitas vezes criados por nós ou, o que é ainda melhor, pelos alunos e pelas alunas com os quais trabalhamos!
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A sala de musicalização conta também com prateleiras para guardar sucatas e materiais diversos que utilizamos na confecção de instrumentos. Copos e potes plásticos, latas de diversos tipos e tamanhos, capsulas de café, chaves, tampinhas diversas, cones de linha, tubos de papelão, elásticos, fios de nylon, tintas, pinceis, caixas de sapato e, enfim, uma diversidade de materiais que podem ser transformados em materiais sonoros, em instrumentos musicais.
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O instrumento de sopro que experimento tocar na foto é uma incrível criação do ceramista, poeta e músico Mestre Nado, nascido em Olinda (PE) com o nome de Aguinaldo da Silva. Feito de barro pelo artesão, o instrumento revela questões muito importantes relativas a processos de pensamento e criação. Mestre Nado trabalhou com argila desde a infância. Fazia vasos, “quartinhas” e outros objetos, até que decidiu criar um instrumento de sopro, inspirado pela flauta doce que sua filha estudava na escola. Isso ele me contou quando eu o visitei, mais de 25 anos atrás. Mestre Nado, de fato, recriou a ocarina, espécie de flauta de barro com formatos e afinações diversos já utilizada nas Américas pelos povos pré-hispânicos. A partir da criação da flauta de barro, o Mestre desenvolveu muitos outros instrumentos utilizando a argila.
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A casaca é um reco-reco, ou seja, um raspador que, junto com os tambores, faz parte da instrumentação das Bandas de Congo do Espírito Santo (ES). Apresenta uma cabeça esculpida em uma das pontas e, junto com os tambores, acompanha os cantos e as danças tradicionais.
176-192 um jogo chamado
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