Desequilibristas no Catálogo White Ravens - Editora Peirópolis

Desequilibristas no Catálogo White Ravens

[Ouça acima a faixa musical criada especialmente para o livro. Você pode conhecer mais do livro aqui, abaixo, ou na seção Foto Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo]

DESEQUILIBRISTAS, de Manu Maltez, acaba de ser incluído no Catálogo White Ravens 2015 da International Youth Library (IYL), de Munique, Munich, Alemanha.

O título já havia sido agraciado com o Prêmio FNLIJ 2015 – categoria JOVEM. Anualmente a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil premia o que de melhor foi produzido em 2014 no mercado editorial brasileiro. O livro foi também considerado Altamente Recomendável pela mesma instituição e também selecionado para o Catálogo de Bologna 2015.

O livro traz uma visão particular sobre o movimento contemporâneo vivido atualmente pela cidade de São Paulo. Segundo o autor, as imagens e o texto funcionam como uma espécie de poema “manifesto” feito para ser declamado em voz alta, em via pública. A essência cultural do movimento é registrada como forma de manifestação artística sobre rodas.

Manu Maltez é um artista múltiplo: músico, desenhista, escultor e poeta performático, passa as horas vagas nas pistas de skate da cidade – em especial a da Av. Sumaré, na capital paulista. A obra reúne desenhos e gravuras sobre o universo do skate e transita entre essas linguagens com vigor e ousadia, descrevendo de maneira poética os embates entre o skatista e a cidade. O artista põe traço e verbo sobre as rodas deste que é um dos movimentos culturais mais interessantes do espaço urbano contemporâneo.

Skatistas, segundo Manu, não são esportistas, nem poetas, e muito menos guerrilheiros. “Não são saltimbancos nem estilistas, tampouco maloqueiros, delinquentes, dançarinos, suicidas, equilibristas ou desequilibrados. Mas, nos últimos 50 anos, têm sido um pouco de tudo isso”, afirma.

A relação do artista com o skate teve início na década de 80, quando ainda era criança. “Comecei a andar de skate na década de 80, nesse mesmo bairro em que ainda moro hoje em dia, o Sumaré. Apesar de ser uma criança, e depois adolescente, eu levava aquilo a sério, queria mesmo ser um skatista, viver daquilo, e andava quase diariamente nas ruas e ladeiras do bairro e na “Top Sport”, uma pista que existia no final da Cardoso de Almeida”, diz o autor.

Em meados dos anos 90, com o declínio do skate no cenário nacional, o interesse de Manu percorreu outras áreas, mas seu amor pela cultura do skate não desapareceu. ”Durante esse tempo, o skate ficou meio adormecido em mim, aí apareceram a música e o desenho, que, de certa forma, tomaram o lugar que ele tinha na minha vida”.

A ideia do livro surgiu em 2009, quando o parque Zilda Natel, uma pista de skate pública junto ao metrô Sumaré, foi inaugurado do lado de sua casa. “Eu saía do metrô e passava no parque para dar uma olhada, e foi despertando em mim novamente o interesse pelo skate. Lembro-me do barulho da pista, do skate batendo a madeira, ralando os eixos, e voltar a ouvir aquilo foi uma das coisas mais fortes que já senti. Então, arrumei um skate novo e voltei a andar”. “Acho que o skate é uma espécie de estetoscópio, com o qual você pode ouvir o ‘coração da cidade”, conclui Manu.

O livro traz uma visão particular sobre o movimento contemporâneo vivido atualmente pela cidade de São Paulo. Segundo o autor, as imagens e o texto funcionam como uma espécie de poema “manifesto” feito para ser declamado em voz alta, em via pública. A essência cultural do movimento é registrada como forma de manifestação artística sobre rodas.

Você pode conhecer mais do livro aqui, abaixo, ou na seção Foto Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo.

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