Curadoria: Literatura portuguesa
Para apoiar os educadores na escolha dos títulos a serem trabalhados nas escolas, a Editora Peirópolis está desenvolvendo uma proposta de curadoria de leituras. A cada mês, será enviada às escolas uma publicação digital com foco em um tema. A partir desse foco, elegemos uma “família” de obras que dialogam com o assunto, buscando apresentá-las, contextualizar sua pertinência e sugerir propostas para serem desenvolvidas com os estudantes. O material é elaborado por especialistas de acordo com as habilidades e competências previstas na BNCC.
“Minha pátria é a língua portuguesa”. Será que você já ouviu ou leu essa frase antes? Nesta curadoria de literatura portuguesa é feita uma ligação entre os livros do catálogo, com autores de lá e de cá, dando destaque para os contemporâneos: Afonso Cruz, Alice Vieira, José Jorge Letria e Lídia Jorge.
Essa curadoria foi desenvolvida por Ana Carolina Carvalho, mestre em educação (Unicamp) e psicóloga (USP). É formadora pelo Instituto Avisa Lá, membro do Instituto Emília e colaboradora da Editora Peirópolis.
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Curadoria - Literatura portuguesa - Peirópolis
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Minha pátria é a língua portuguesa
Será que você já ouviu ou leu essa frase antes?
por Ana Carolina Carvalho
Ela se tornou uma frase famosa e foi citada em muitos lugares, mas foi escrita por Bernardo Soares, considerado um semi-heterônimo de Fernando Pessoa e está no Livro do Desassossego, obra publicada muitos anos depois da morte do poeta e tida por muitos críticos como um importante marco da produção literária em português. O livro é fragmentário, composto por diversos textos em prosa. Neste, em que aborda a relação com a Língua Portuguesa, o poeta faz uma ode à palavra, ao mundo que pode ser construído por ela. Chega a afirmar que ortografia é gente. E que não se importaria se lhe fossem tomadas as terras em que vive, desde que não tocassem em sua Língua Portuguesa. Começa seu texto já dizendo ao que veio:
Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas.
Anos depois, em 1984, no Brasil, Caetano Veloso compõe a canção Língua. A frase antes escrita por Fernando Pessoa/Bernardo Soares ganha outra forma, mais autoral, mais pessoal:
Minha pátria é minha língua.
Assim Caetano começa o seu texto:
Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões. Gosto de ser e de estar.
O compositor retoma muitos sentidos expressos pelo poeta português, como a sensação e sensorialidade das palavras tanto na língua falada como na escrita, mas acrescenta a inventividade da nossa língua portuguesa falada no Brasil: roçamos na Língua de Luís de Camões, ela está ali, presente em nossa Língua, que nasce da primeira, mas é outra. Transformamos, recriamos sintaxes.
Contudo, ao falarmos o Português, voltamos nossos olhos, ouvidos e coração para o além-mar (ainda que tenhamos outras influências e mesclamos outras linguagens, novas falas, outros sotaques). Herdamos da Língua Portuguesa a saudade, palavra única, e também ganhamos a possibilidade de nos narrarmos complexos. Gosto de ser e de estar, cantou Caetano, numa alusão e comparação com o inglês e seu verbo “to be”, que junta o ser o estar numa mesma expressão. A Língua Portuguesa ganha em meandros.
Por tudo isso que herdamos e pelo que somos, já que também somos a nossa Língua e nos narramos por meio dela, conhecer a literatura portuguesa é certamente saber mais de nós mesmos, saber sobre aquilo que nos originou, que nos compõe e que nos forma cotidianamente. Como também já escreveu Susana Ventura em texto para essa editora: “Somos brasileiros. A língua portuguesa está conosco todas as horas do dia e da noite: sonhamos em português, pensamos em português, falamos português. Lemos em português, escrevemos em português, expressamos nossos sentimentos em português. Com a língua portuguesa tecemos o nosso dia a dia”.
Quanto da Literatura Portuguesa Contemporânea conhecemos?
É comum que tenhamos lido textos portugueses mais antigos. E talvez, ao sermos perguntados quais são os autores portugueses que mais conhecemos, venham à mente: Luís de Camões, Gil Vicente, Fernando Pessoa (se seus heterônimos), Eça de Queirós. Mais recentemente, outros ficaram conhecidos por aqui, como o José Saramago, Antonio Lobo Antunes, Gonçalo Tavares, Inês Pedrosa, José Luís Peixoto, Miguel Sousa Tavares.
Pode ser que outros nomes nos venham à mente, mas certamente não serão tantos assim. Você se lembra de algum outro autor ou autora portuguesa, que não tenhamos citado? E de autores que escrevem para crianças e jovens leitores?
A proposta desta curadoria é ampliar esse conhecimento, trazendo aqui autores contemporâneos portugueses, que publicaram obras para o público infantil e juvenil e fazem parte do catálogo da editora Peirópolis. Desse modo, vamos expandido essa nossa mesma pátria ou seria mátria, com suas fronteiras marcadas pela Língua mãe Portuguesa? Começamos, então, com quatro nomes de autores vivos:
- Afonso Cruz
- Alice Vieira
- José Jorge Letria
- Lídia Jorge
Vamos conhecê-los um pouco mais?
Afonso Cruz nasceu em Figueira da Foz em 1971 e é escritor, músico, cineasta e um dos mais relevantes ilustradores portugueses contemporâneos. Publicou mais de trinta livros, alguns deles premiados. Entre eles, há títulos de literatura adulta, infantil e juvenil.
Pela editora Peirópolis, publicou A contradição humana e O pintor debaixo do lava-loiças.
Alice Vieira nasceu em Lisboa, em 1943 e é jornalista e escritora. Ao longo de quarenta anos de escrita, publicou mais de 80 obras e é considerada uma das mais importantes autoras portuguesas de literatura infanto-juvenil, tendo recebido vários prêmios.
Pela editora Peirópolis, publicou Meia hora para mudar a minha vida, Prêmio FNLIJ 2016 na categoria Literatura em Língua Portuguesa
José Jorge Letria nasceu em Cascais, em 1951 e é jornalista, poeta, dramaturgo e autor de muitos títulos voltados ao público infanto–juvenil. Pela editora Peirópolis, tem vários livros, alguns em parceria com seu filho, André Letria. Os títulos são: Versos para os pais lerem aos filhos em noite de luar, Os animais Fantásticos, Avô conta outra vez, os três em parceria com André Letria; Rimas de lá e de cá, em parceria com José Santos; O livro extravagante e outros poemas e Brincar com as palavras.
Lídia Jorge nasceu em Boliqueime, no Algarve, em 1946. Foi professora de língua portuguesa e trabalhou em Angola e Moçambique. É uma das mais importantes vozes da atual literatura portuguesa, tendo escrito romances, contos, crônicas, poesia e teatro. Pela editora Peirópolis, tem o conto A instrumentalina, originalmente publicado em 1992.
Ligações entre os livros: Autores e ilustradores de lá e de cá
Afonso que ilustrou para José, que foi parceiro de Yara, que desenhou para Letria, que escreve para as crianças portuguesas como Lidia Jorge, que ganhou ilustrações de Anna Cunha, que também desenhou para Alice Vieira, que gosta da Adriana Calcanhoto, que é uma cantora brasileira que mora em Portugal…
Agora que você já conheceu um pouco mais sobre esses quatro autores portugueses contemporâneos (e vivos), que tal pensar nas ligações entre eles e entre autores de lá e de cá? E nesse ir e vir dos textos em português, que tanto têm marcado a construção de nossa língua como uma grande pátria?
Anna Cunha, ilustradora brasileira, é responsável pelas imagens que estão nos livros de Lidia Jorge e Alice Vieira.
Yara Kono, brasileira que vive em Portugal, ilustrou o livro de José Santos e José Jorge Letria, Rimas de lá e de cá. Além disso, é parceira de outra autora portuguesa, com livro publicado pela Peirópolis, o Eu só só eu.
Afonso Cruz, além de ilustrar seus livros, também é responsável pelas imagens do livro Viagem às terras de Portugal, de José Santos, autor brasileiro, que tem um pé na terrinha e, como já sabe, parceiro de José Letria.
E mais: Yara Kono faz parte do Planeta Tangerina, editora Portuguesa, que tem vários livros ilustrados publicados pela editora Peirópolis.
Outros livros do Planeta Tangerina na editora Peirópolis: livros ilustrados
Da autora Isabel Minhós Martins, em parceria com:
Madalena Matoso
- Com o tempo
- Enquanto meu cabelo crescia
- Este livro está te chamando (não ouve?)
Bernardo Carvalho:
- Obrigado a todos!
- Um livro para todos os dias
- O mundo num segundo
Escolhendo leituras e caminhos a seguir
A estante dos livros portugueses contemporâneos foi crescendo. Um autor foi levando a outro, que trouxe outro ilustrador… e assim fomos ampliando títulos e possibilidades de leituras. Quais caminhos você pode escolher para conhecer um pouco da literatura portuguesa produzida nos dias de hoje para crianças e jovens?
- Fazendo uma seleção só de livros ilustrados?
- Ou de poemas?
- Buscando a literatura feita por mulheres?
- Seguindo a trilha da relação entre os autores e ilustradores? Quem leva onde ou para quem?
- Aproximando autores brasileiros e portugueses?
E o que pode ser visto nessa literatura atual contemporânea?
- Há aspectos que nos ajudam a identificar que determinado livro foi escrito por um autor ou autora portuguesa? Quais?
- Conhecer o que tem sido publicado atualmente em Portugal fez com que você mudasse de ideia sobre a literatura portuguesa? De que jeito?
E se a gente fosse para o passado?
Propomos aqui um caminho inverso. De trás para frente. Começamos lendo os contemporâneos, agora vamos propor um caminho pelo passado da Literatura Portuguesa. E lendo clássicos, vamos refletir: o quanto de nossa literatura atual – portuguesa e brasileira – ainda bebe em fontes de outrora?
Já no livro de Alice Vieira, Meia hora para mudar a minha vida, encontramos uma pista: a personagem principal, Branca, vive em um teatro que encena peças de Gil Vicente (1465-1536) considerado o primeiro grande dramaturgo português. No livro de Alice, há uma crítica velada (ou nem tanto assim): pouca gente de hoje o conhece realmente. E olha que ele ainda tem muito o que dizer! Suas peças tinham um cunho social e apresentavam uma visão crítica da sociedade portuguesa dos séculos XV e XVI. Claro que muita coisa mudou de lá para cá, mas… Será que ainda encontramos semelhanças? Certamente, sim, já que os clássicos são aquelas obras que continuam tendo o que nos dizer.
No catálogo da Peirópolis, uma das peças mais conhecidas de Gil Vicente, O auto da barca do inferno, aparece em outra linguagem, bastante contemporânea, a HQ. Quem nos traz essa versão é o quadrinista Laudo Ferreira.
Aliás, há outro grande clássico português vertido para os quadrinhos: Os Lusíadas, de Luís de Camões (1524-1579/80) que ganhou traços de Fido Nesti.
E deste autor mais do que clássico, há mais de sua pena nos livros Versos de Amor e Morte e Antologia de Poemas Portugueses para a Juventude, organizado por Henriqueta Lisboa.
E ainda temos, um pouquinho mais adiante, dois livros que trazem contos tradicionais e suas versões escritas por autores do século XVIII e XIX: Dez contos do além-mar, pequena coletânea de Contos populares recolhidos e escritos por Adolfo Coelho e Teófilo Braga, organizado por Ana Carolina Carvalho. E ainda, um pouco mais para frente, Branca Flor e outros contos, escritos por Ana de Castro Osório (1872 – 1935) e organizado pelo escritor mineiro Bartolomeu Campos de Queirós. Com vasta produção ao longo do século XX, ainda podemos encontrar os poetas Florbela Espanca, na Antologia de poemas para a juventude, organizada por Denyse Cantuária; e Fernando Pessoa, no livro Apetece-lhe Pessoa? Antologia poética de Fernando Pessoa para ver e ouvir, com poemas gravados por José Jorge Letria (a essas alturas nosso grande conhecido) e Susana Ventura. E por fim, com o nosso ciclo de leituras se fechando, ainda há a peça de um grande dramaturgo português, António Torrado (1939-2021), que escreveu o texto: Atirem-se ao ar! O que nunca niguém contou em uma viagem histórica, sobre os primeiros pilotos corajosos a alcançar o Brasil por via aérea, vindos de Portugal.
E assim terminamos a nossa viagem digital, que também buscou aproximar Brasil e Portugal.
Estante de livros
A contradição humana
Afonso Cruz ilustrado por Afonso Cruz
19 x 26 cm • 32 páginas • 2 cores • Capa dura • ISBN 978-85-7596-335-7
Livro premiado!
Vencedor do Prémio SPA/RTP para melhor livro de literatura infantojuvenil de 2011 e selecionado para a exposição White Ravens (2011), este livro apresenta bravos domadores de leão que não domam o próprio medo de microscópicos micróbios, pessoas solitárias cercadas de “amigos”, entre outras incoerências de um mundo em que, contraditoriamente, todas as coisas estão ao avesso, embora permaneçam em seus lugares. Seriamente humorístico, o livro possui resolução plástica que se revela inovadora e impressionante ao folhear de uma página a outra. Divertido e questionador, esse livro é perfeito para leitores inquietos e curiosos a respeito de um mundo contraditório, onde nada que se espera é o que parece.
Livro editado com o apoio da DGLAB – Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, órgão do Ministério da Cultura de Portugal.
O pintor debaixo do lava-loiças
Afonso Cruz, ilustrado por Afonso Cruz
14 x 21 cm • 180 páginas • 1 cor • ISBN 978-85-7596-373-9
Livro digital ISBN 978-85-7596-429-3 (ePub) e 978-85-7596-443-9 (KF8)
Livro premiado!
Esta história mistura fatos reais com a mais pura fantasia do escritor e artista multimeios português Afonso Cruz. O protagonista deste relato permeado de metáforas foi inspirado na vida dos avós do autor que, sim, esconderam um pintor judeu eslovaco que fugia do nazismo, embaixo da pia de sua casa.
Ao acompanhar a trajetória de Jozef Sors, Afonso Cruz constrói habilmente um novo romance de formação, investindo com fé e sensibilidade no poder transformador da literatura e possibilitando outros olhares sobre as relações entre o coletivo e o individual em meio ao ambiente de conflito e perseguição que marcou o século XX, com suas duas guerras mundiais.
Para oferecer mais autonomia de leitura, a editora preparou um glossário de palavras e expressões da língua portuguesa que têm uso diferente daquele a que estamos acostumados ou são pouco conhecidas no Brasil, além de alguns dados culturais.
Meia hora para mudar a minha vida
Alice Vieira, ilustrado por Anna Cunha
14 x 21 cm • 160 páginas • 1 cor • ISBN 978-85-7596-361-6
Livro digital ISBN 978-85-7596-562-7
Livro premiado!
Neste livro acompanhamos a história de Branca, menina criada em um ambiente completamente diferente dos lares tradicionais, em meio aos artistas da “Feira” e de peças de Gil Vicente. Se Branca não vivia em um lar convencional, não lhe faltavam alegria, afeto e cuidado. Até que um dia tudo muda em sua vida e ela vai parar na casa de sua avó, figura ausente e sisuda. Seu processo de amadurecimento se dá em meio a perdas, saudades e encontros com outras possibilidades de existência. Neste processo, uma brasileira se torna figura crucial para a menina portuguesa.
Versos para os pais lerem aos filhos em noites de luar
José Jorge Letria, ilustrado por André Letria
24 x 26 cm • 60 páginas • 4 cores • ISBN 978-85-7596-173-5
Livro digital ISBN 978-85-7596-485-9 (KF8) e 978-85-7596-484-2 (ePUB)
Livro premiado!
Esse é um livro de versos carregados de ternura e imaginação que pretende fazer a ponte entre pais e filhos, entre avós e netos, num tempo cada vez mais vazio de sonho e de afeto. Um livro que será lido com prazer pelos mais velhos para os mais novos, para incutir neles a paixão pela leitura. Um livro de todas as idades e para todas as idades que guarda em si, intacto, o tesouro da infância. Versos onde se cruza a lembrança do passado com o sabor do futuro. Um livro em que a poesia é vivida como um ato de amor.
Para ler e recordar sempre. Livro editado com o apoio da DGLAB – Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, órgão do Ministério da Cultura de Portugal. Livro editado com o apoio da DGLAB – Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, órgão do Ministério da Cultura de Portugal.
Os animais fantásticos
José Jorge Letria, ilustrado por André Letria
24 x 25 cm • 44 páginas • 4 cores • ISBN 978-85-7596-144-5
Livro digital ISBN 978-85-7596-483-5 (KF8) e 978-85-7596-482-8 (ePUB)
Livro premiado!
Neste livro, pai e filho constroem uma espécie de dicionário poético e imagético de animais que foram imaginados pelos seres humanos. Sem existência real, esses animais atravessaram séculos e continentes e seguem encantando crianças e adultos com suas características muitas vezes híbridas, sempre inusitadas, fantásticas e poderosas. Junto à beleza dos poemas o leitor encontrará as caprichadíssimas ilustrações de André, fazendo da experiência de leitura desse livro um verdadeiro encontro com a Arte.
Avô, conta outra vez
José Jorge Letria, ilustrado por André Letria
23,5 x 25,5 cm • 44 páginas • 4 cores • Capa dura • ISBN 978-85-7596-176-6
Livro digital ISBN 978-85-7596-487-3 (KF8) e 978-85-7596-486-6 (ePUB)
Livro premiado!
Que avô ou avó não deseja contar aos netos as histórias que permaneceram na memória da sua infância? Que neto não gosta de ouvir aquilo que os avós, com mais tempo e tranquilidade que os pais, têm para lhes contar? Esse livro de José Jorge Letria e André Letria, pai e filho com vasta obra já criada em parceria, celebra esses momentos mágicos que são os de partilha de memórias e de comunicação afetuosa entre os mais velhos e os mais novos, todos sem idade no momento da festa de contar e ouvir contar. Um livro para avós, pais e netos se lembrarem sempre do valor da palavra e da ternura que é capaz de unir gerações. Livro editado com o apoio da DGLAB – Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, órgão do Ministério da Cultura de Portugal.
Rimas de lá e de cá
José Jorge Letria e José Santos, ilustrado por Yara Kono
17,5 x 27,5 cm • 44 páginas • 4 cores • ISBN 978-85-7596-316-6
Livro digital ISBN 978-85-7596-471-2 (KF8) e 978-85-7596-470-5 (ePUB)
Livro premiado!
Como um diálogo poético, dois Josés, um brasileiro e outro português, criam versos sobre as características de suas terras Brasil e Portugal. Quais são as músicas, as aves que gorjeiam aqui e lá, os peixes que nadam nas águas de lá, e os que encontramos nas águas daqui? O que se fala nos dois lugares, quais são as festas, as músicas, os autores de literatura, os monumentos? Enfim, tintim por tintim os dois Josés contam tudo sobre as suas terras, sua gente e sobre o que, ali e aqui, acontece.
O livro extravagante e outros poemas
José Jorge Letria e José Santos, ilustrado por Taisa Borges
17 x 27 cm • 48 páginas • 4 cores • ISBN 978-85-7596-199-5
Livro premiado!
A poesia de José Jorge Letria vem de longe para coçar nossos ouvidos, alegrar o coração e fazer sorrir. Um dos mais destacados nomes da literatura infantojuvenil em Portugal, ele nos presenteia com essa coletânea que é pura alegria. Livro foi editado com o apoio da DGLAB – Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, órgão do Ministério da Cultura de Portugal.
Brincar com as palavras
José Jorge Letria, ilustrado por Silvia Amstalden
20,5 x 22,5 cm • 50 páginas • 4 cores • ISBN 978-85-7596-255-8
Livro digital ISBN 978-85-7596-436-1 (KF8) e 978-85-7596-422-4 (ePUB)
Livro premiado!
Brincar com as palavras é uma obra única: o texto de alta voltagem poética de José Jorge Letria encontra o trabalho da artista plástica rara que é Silvia Amstalden. O projeto gráfico é belo, intrigante e inovador. O “brincar” com o alfabeto criado pela artista para essa obra espelha e amplia o texto de Letria, instigando os leitores a brincar com palavras e imagens.
Livro editado com o apoio da DGLAB – Direção–Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, órgão do Ministério da Cultura de Portugal.
A instrumentalina
Lídia Jorge, ilustrado por Anna Cunha
18,5 x 23 cm • 48 páginas • 4 cores • ISBN 978-85-7596-372-2
Livro digital ISBN 9788575964446 (KF8) e 9788575964316 (ePUB)
Livro premiado!
Neste livro, Lídia Jorge constrói uma história a partir das memórias de uma menina e os tempos passados na casa de seu avô: um homem bastante severo, que não aceitava o jeito de ser do tio, alma livre, que se locomovia para todo o canto em sua instrumentalina. A menina, encantada pelo tio, descobre a crueza de seu avô e dos tempos de sua infância, quando ser diferente era sinônimo de inadequação e retaliação. Descobre também que as pessoas podem escolher seguir seus caminhos, como o tio em sua fuga. Já adulta, a menina refaz o tempo vivido enquanto espera o reencontro com o tio nunca mais visto.
Convite à navegação
Susana Ventura, ilustrado por Silvia Amstalden
19 x 24 cm • 128 páginas • 2 cores • ISBN 978-85-7596-253-4
Livro digital ISBN 978-85-7596-263-3 (ePUB) Livro premiado!
Convite à navegação é uma conversa sobre a literatura portuguesa de suas origens, que se mesclam à história da Península Ibérica até 1580, ano da morte de Luís de Camões. O texto é construído de maneira a tecer laçadas em direção ao presente, perspectivando autores como Fernando Pessoa e José Saramago, herdeiros da rica literatura portuguesa que começou a ser construída no século XII.
De onde vem o português?
Susana Ventura, ilustrado por Silvia Amstalden
19 x 24 cm • 48 páginas • 4 cores • ISBN 978-85-7596-344-9
Livro digital ISBN 978-85-7596-263-3 (ePUB)
Livro premiado!
Quem nunca se perguntou de onde vem o Português, a quinta língua mais falada no mundo? Neste livro de Susana Ventura, o pequeno leitor é convidado a navegar pelas origens da Língua Portuguesa, dos castelos medievais na Península Ibérica às terras além-mar. De onde vem o Português? traz à tona as mudanças pelas quais a nossa língua-mãe passou até tornar-se o idioma adotado por você e por mim, exercitado com suas diferenças em nove países e compartilhado por cerca de 250 milhões de pessoas. Em letra bastão.
Eu só só eu
Ana Saldanha, ilustrado por Yara Kono
24,5 x 24,5 cm • 36 páginas • 4 cores • Capa dura • ISBN 978-85-7596-336-4
Era uma vez uma criança que tinha tudo só para ela: pai, “abraço exclusivo”, quarto, jardim, o livro mais bonito… Que bom? Que mau? Vamos descobrir juntos? Livro editado com o apoio da DGLAB – Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, órgão do Ministério da Cultura de Portugal.
Viagem às terras de Portugal
José Santos, ilustrado por Afonso Cruz
22,5 x 25 cm • 52 páginas • 4 cores • ISBN 978-85-7596-240-4
Livro digital ISBN 978-85-7596-473-6 (KF8) e 978-85-7596-472-9 (ePUB)
Livro premiado!
Foi pra Portugal, perdeu o lugar. Errou!! Numa viagem a Portugal, a gente só tem a ganhar: se diverte com os novos significados para as mesmas palavras, deita gostoso no berço da língua-mãe, conhece a terra dos nossos avós. E, de quebra, ganha amigos que moram do outro lado do oceano, mas falam a mesma língua que nós! Livro editado com o apoio da DGLAB – Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, órgão do Ministério da Cultura de Portugal.
Auto da barca do inferno em quadrinhos
Gil Vicente, ilustrado por Laudo Ferreira
20,5 x 27 cm • 56 páginas • 4 cores • ISBN 978-85-7596-208-4
Livro digital ISBN 978-85-7596-399-9 (KF8) e 978-85-7596-383-8 (ePUB)
Livro premiado!
Estima-se que Gil Vicente tenha nascido por volta de 1465, mas sua estreia como dramaturgo e também ator se deu em 1502, com o Monólogo do vaqueiro, apresentado nos aposentos de D. Maria, esposa de D. Manuel, por ocasião do nascimento daquele que seria o Rei D. João III.
Grande clássico da literatura em língua portuguesa, o Auto da barca do inferno, de Gil Vicente, é tido como um reflexo da mudança dos tempos, trazendo ao leitor contemporâneo o espírito da passagem da Idade Média para o Renascimento. Nesse álbum, o quadrinista Laudo Ferreira retrata com fidelidade esse período marcado por grandes questionamentos sobre as balizas que até então regiam a vida social. Livro editado com o apoio da DGLAB — Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, órgão do Ministério da Cultura de Portugal.
Os Lusíadas em quadrinhos
Luís de Camões, ilustrado por Fido Nesti
20,5 x 27 cm • 48 páginas • 4 cores • ISBN 978-85-7596-073-8
Livro digital ISBN 978-85-7596-399-9 (KF8) e 978-85-7596-383-8 (ePUB)
Livro premiado!
Um dos grandes poemas épicos do ocidente e obra máxima da língua portuguesa, Os Lusíadas, de Luís de Camões, recebeu sua versão em HQ por meio do traço marcante do cartunista Fido Nesti, que também foi o responsável pela escolha dos episódios. Nessa obra é o próprio Camões quem guia o leitor numa viagem literária. Nela será possível encontrar Vasco da Gama, Inês de Castro, o Velho do Restelo e a paradisíaca Ilha dos Amores, regida por vários dos deuses da mitologia. A profusão de cores, a caracterização marcada das personagens épicas e, em contraponto, a delicadeza conferida aos detalhes fazem desse trabalho uma leitura antológica sobre uma obra clássica da literatura europeia. A adaptação realizada por Fido Nesti é exemplo fundamental de releitura e coexistência entre linguagens aparentemente inconciliáveis. Livro editado com o apoio da DGLAB – Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, órgão do Ministério da Cultura de Portugal.
Versos de amor e morte
Luís Vaz de Camões, Organização, notas e texto de apresentação de Nelly Novaes Coelho, ilustrado por Fido Nesti
13 x 18 cm • 88 páginas • 1 cor • ISBN 978-85-7596-080-6
Livro digital ISBN 978-85-7596-515-3 (ePUB)
Livro premiado!
Versos de amor e morte é uma antologia dedicada aos poemas de Luís de Camões, editada em formato “bolso” para expandir a abordagem iniciada com a obra do autor em quadrinhos. A seleção dos sonetos feita pela crítica Nelly Novaes Coelho apresenta aguçadas leituras de cada um dos textos, dividida em sete categorias temáticas.
Trata-se de um trabalho impressionante de resgate da composição e da lírica camoniana com atenção especial aos temas que mais mobilizam o homem: o amor e a morte. Livro editado com o apoio da DGLAB – Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, órgão do Ministério da Cultura de Portugal.
Dez contos do além-mar
Adolfo Coelho e Teófilo Braga, Organização de Ana Carolina Carvalho, ilustrado por Taisa Borges
17 x 24 cm • 48 páginas • 4 cores • ISBN 978-85-7596-197-1
Livro digital ISBN 978-85-7596-436-1 (KF8) e 978-85-7596-422-4 (ePUB)
Livro premiado!
Em 1867, Teófilo Braga comparou a edição de seu livro a uma garrafa jogada ao mar, com o objetivo de marcar e difundir a existência do povo português. Quase 150 anos depois, Ana Carolina Carvalho a recolhe, junto com outros contos de Adolfo Coelho, e lança sua garrafa, uma antologia de antigas histórias populares. Com essa garrafa em mãos, faz-se possível uma viagem para o além-mar, pelos caminhos da literatura oral e escrita, pela história e cultura dos nossos antepassados – que conduzem à língua portuguesa, nossa língua-mãe, e a nós mesmos. O João Grilo, a Linda Branca, a Raposa, o Pedro de Malas Artes, o João Pequenito e até a Comadre Morte aparecem nessas histórias, que cruzaram o oceano e os séculos só para o leitor brasileiro descobrir um pouco mais sobre si mesmo e sua cultura, na voz dos antepassados. Livro editado com o apoio da DGLAB – Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, órgão do Ministério da Cultura de Portugal.
Antologia de poemas portugueses para a juventude
Organização de Henriqueta Lisboa, ilustrado por Taisa Borges
19 x 26 cm • 64 páginas • 1 cor • ISBN 978-85-7596-030-1
Livro premiado!
Organizada pela mineira modernista Henriqueta Lisboa, uma das maiores poetas brasileiras, com prefácio de Bartolomeu Campos de Queirós, essa antologia contempla poemas do além-mar. Dos clássicos aos modernos, você vai encontrar aqui Antônio Nobre, Luís de Camões, Fernando Pessoa, Almeida Garrett e muitos outros – vozes poéticas escolhidas por Henriqueta para falar aos ouvidos dos jovens leitores brasileiros que, juntas, compõem paisagem de incrível beleza, em que o que se apreende é a essência da poesia e da língua portuguesa. Livro editado com o apoio da DGLAB – Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, órgão do Ministério da Cultura de Portugal.
Atirem-se ao ar!
António Torrado
14 x 21 cm • 184 páginas • 1 cor • ISBN 978-85-7596-369-2
Livro digital ISBN 9788575965351 (ePUB)
Como um avião, tão mais pesado que o ar, pode vencer o balão, tão menos pesado que o ar, e conquistar os céus, frequentados apenas pelos passarinhos? Essas e outras perguntas encafifavam o dr. Hélio Dantas, incansável inimigo de dois heróis reais: Gago Coutinho e Sacadura Cabral.
Foram eles os primeiros a alcançar o Brasil por via aérea, vindos de Portugal. Por pouco e por culpa das tropelias do dr. Hélio não ficavam pelo caminho, mas os dois valentes tudo venceram para, depois, muito se rirem dos acidentes da viagem. Riem eles e ri o leitor ao longo dessa peça teatral de autoria de uma das grandes expressões da literatura para crianças e jovens em língua portuguesa.
Livro editado com o apoio da DGLAB – Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, órgão do Ministério da Cultura de Portugal.
Somos brasileiros e a língua portuguesa está conosco todas as horas do dia e da noite: sonhamos, pensamos, falamos, lemos e escrevemos em português, expressamos nossos sentimentos em português. Com a língua portuguesa tecemos o nosso dia a dia. Ao longo dos anos, a Peirópolis vem construindo com entusiasmo um catálogo de literatura portuguesa com muitas descobertas culturais e linguísticas que nos lembra similaridades insuspeitadas entre um país e outro que falam a mesma língua.
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