Florbela Espanca
Batizada Florbela Lobo, Florbela Espanca foi uma das primeiras feministas de Portugal e escreveu uma poesia carregada de erotismo e feminilidade. O sofrimento, a solidão, o desencanto, aliados a imensa ternura e a um desejo de felicidade são a temática presente em muitas das suas imagens e poemas.
Parte de sua inspiração veio de sua vida tumultuada, inquieta, e sofrimentos íntimos provocados pela rejeição paterna: Florbela era filha de Antonia da Conceição Lobo, empregada de João Maria Espanca, que não a reconheceu em vida como filha, e sim apenas 19 anos após a morte da poeta, quando foi inaugurado um busto dela em Évora. Seu primeiro poema foi escrito em 1903: "A Vida e a Morte".
Florbela foi a primeira mulher a cursar Direito na Universidade de Lisboa. Na capital portuguesa, conheceu outros poetas e participou de um grupo de mulheres escritoras. Colaborou em jornais e revistas, como o "Portugal Feminino". Em 1919, no terceiro ano de Direito, lançou o "Livro de Mágoas".
Em 1923, ela publicou o "Livro de Sóror Saudade". Em 1925, a morte do irmão Apeles, num acidente de avião, lhe inspirou o poema "As Máscaras do Destino".
"Charneca em Flor" foi publicada em janeiro de 1931, após o seu falecimento. Outras obras póstumas foram: "Cartas de Florbela Espanca", por Guido Battelli (1930), "Juvenília" (1930), "As Marcas do Destino" (1931, contos), "Cartas de Florbela Espanca", por Azinhal Botelho e José Emídio Amaro (1949), "Diário do Último Ano Seguido De Um Poema Sem Título", com prefácio de Natália Correia (1981), e "Dominó Preto ou Dominó Negro" (1982, contos).
Para saber mais sobre a poeta, navegue no site Vidas Lusófonas.