Para viver o Pão nosso
Roteiro de Leituras
Para turmas do 6º Ano do Ensino Fundamental
ao 3º Ano do Ensino Médio
Francisco Marques Vírgula Chico dos Bonecos
ÍNDICE DOS POEMAS
Como utilizar este Roteiro
O poema e as fontes de leituras
Primeira parte: Nossas vidas são os rios
Canoa
Vênus
O peixe
Berrante à boca da noite
Rede de dormir
Introvertido
Cavalo sertanejo
Cipós
Gaivota
Beija-flor
Palmeira
Nossas vidas são os rios
Segunda parte: O coração cheio de nomes
Diante de nós ia a garça branca
Abraão
Plantei um jardim
Ecologia suprema
Canção interrompida para um canarinho morto
Fazer das tripas coração
Se o dia fosse só dia
Retificação
Maturidade
Pai pão nosso
De noite
Presenças
Profeta
Testamento
Descoberta
O coração cheio de nomes
Leitura Expressiva
Jogral
Declamação
Como utilizar este Roteiro de Leituras
Neste caderno, encontramos diversas sugestões de atividades em torno do livro de poemas de Pedro Casaldáliga: Para viver o Pão nosso.
Essas sugestões dialogam com muitas áreas curriculares: oralidade, leitura, escrita, literatura, análise textual, vocabulário, gramática, história, geografia, biologia, sociologia, filosofia…
Esse livro contém 28 poemas, divididos em duas partes: “Nossas vidas são os rios” e “Coração cheio de nomes”.
Na primeira, temos 12 poemas inspirados na natureza: estrela, peixe, buriti, cavalo, cipó, gaivota, beija-flor, Rio Araguaia… Na segunda, encontramos 16 poemas reflexivos: o cotidiano, o tempo, a finitude, o mistério, o sentido da vida, o crescimento interior, o compromisso social, a espiritualidade…
Sugerimos que os poemas sejam lidos na sequência do livro, porque várias propostas vão se conectando com leituras anteriores.
Para cada poema, vamos encontrar cinco fontes de leitura:
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
Aqui, não existem respostas certas ou erradas. O objetivo é provocar, ao máximo, os comentários dos alunos.
Caso os alunos, motivados pelo poema, queiram abordar temas diferentes das atividades sugeridas, não teremos dúvidas: vamos seguir o campo de interesse dos alunos.
- Espanhol/português: Audição: Ouvindo a leitura expressiva do poema, por meio do QR CODE, podemos ser tocados por outras impressões, sentimentos e reflexões. Vamos também comparar a leitura em espanhol, realizada por Victoria Saavedra, com a leitura em português, realizada por Francisco Marques, observando as entonações, os ritmos e as pausas. Assim, mesmo sem conhecer a língua espanhola, somos capazes de perceber, por meio da voz da Victoria, os sentimentos e as intenções que ela trouxe para o poema.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Quais são os recursos literários desse poema?
Por exemplo: o desenvolvimento das imagens, o ponto de vista do poeta, o desenrolar das ideias, o ritmo dos versos, o uso das rimas, a construção da frase, o vocabulário, o título, a divisão em estrofes, o uso da pontuação…
Aqui também, na maior parte das vezes, não existem respostas certas ou erradas.
Nos casos em que a pergunta merece uma investigação específica, introduzimos o “Comentário”.
- Vocabulário: Identificar as palavras desconhecidas e pesquisar os seus significados.
- Espanhol/português: Comparação: Nas páginas pares, do lado esquerdo, temos o texto em espanhol, nas páginas ímpares, do lado direito, temos o texto em português. O espanhol e o português são línguas irmãs, porque nasceram do latim. Com o objetivo de despertar a curiosidade em relação ao espanhol, vamos, a cada poema, comparar os dois textos. Por exemplo: procurar palavras que são exatamente iguais, palavras que são diferentes por uma ou duas letras e outras que são completamente distintas.
Para revelar a sua profunda inserção na vida do povo do Araguaia, Pedro Casaldáliga gostava de introduzir palavras em português nos poemas em espanhol. Nesses casos, as palavras aparecem em itálico.
- Espanhol/português: Audição: Ouvindo a leitura expressiva do poema, por meio do QR CODE, podemos perceber melhor alguns recursos literários utilizados pelo autor. Além disso, podemos perceber como as mesmas letras, sílabas e palavras ganham pronúncias diferentes em espanhol.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Vamos incentivar o aluno a desenvolver a leitura em voz alta dos poemas de Pedro Casaldáliga, utilizando três técnicas: Leitura Expressiva, Jogral e Declamação – no final deste caderno, encontramos as orientações para a realização dessas atividades.
Às vezes, incluímos um “Comentário”, que pode ajudar na expressão oral do poema.
- Português: Audição: Para incentivar ainda mais a Leitura Expressiva, o Jogral e a Declamação, podemos acessar o QR-CODE, ouvir os poemas em português e comentar os seguintes aspectos: a pronúncia, a projeção de voz, as entonações, o ritmo e as pausas.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
- Nessas ilustrações, o artista Elder Rocha Lima usou a técnica do Desenho de Hachuras. Para incentivar os alunos a experimentar essa técnica, vamos acessar esse link:
“Desenho de Hachuras: técnicas para aprimorar sua ilustração”:
https://criativa.art/desenho-de-hachuras-tecnicas-aprimorar-ilustracao/
Sugerimos que o aluno se expresse por meio da técnica do Desenho de Hachuras. Mas… Devemos deixar claro que ele pode realizar sua obra da maneira que achar melhor: escultura, tecelagem, pintura, maquete, modelagem, bordados, dobraduras…
Quando terminarmos o livro, sugerimos que a comunidade escolar – professores, alunos, familiares, amigos e organizações sociais – realize uma Exposição de artes visuais, em que os estudantes vão expor suas obras.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Vamos incentivar mais a escrita na forma de poema. Mas… Devemos deixar claro que ele pode criar o seu texto da maneira que achar melhor: canção, conto, crônica, teatro, carta, notícia…
- Aqui, é essencial que o autor realize a leitura crítica do próprio texto – o que certamente vai levar a uma primeira reescrita. No momento seguinte, um aluno lê o texto do outro e tece os seus comentários, o que vai incentivar ainda mais o esforço da reescrita. Assim, vamos colocar em prática o conselho dos grandes autores: “Escrever é reescrever”.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Assim como fizemos com os poemas de Pedro Casaldáliga, vamos incentivar o aluno a desenvolver a leitura em voz alta dos seus próprios textos, utilizando as três técnicas: Leitura Expressiva, Jogral e Declamação
Quando terminarmos o livro, sugerimos que a comunidade escolar organize um Encontro Literário, em que os estudantes vão apresentar Leituras Expressivas, Jograis e Declamações baseadas nos poemas de Pedro Casaldáliga e nas suas próprias criações.
O poema e as fontes de leituras
Primeira parte
Nossas vidas são os rios
Canoa
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
Você já andou de canoa? O que você se lembra de sua primeira viagem de canoa?
Atualmente, o que você sente ao andar de canoa? E ao remar uma canoa?
Você conhece uma canção que fala da canoa ou do canoeiro?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Em espanhol, existe um recurso que nós não temos em português. Observe esse verso: “¡El más bello vehículo que labraron los hombres!” A frase começa com um ponto de exclamação invertido.
O objetivo desse recurso é fazer com que o leitor se prepare para dar a entonação correta. Nesse caso, a entonação é de admiração, maravilhamento.
Por que o poema fala em “polido a brasa viva”? Vamos pesquisar sobre a técnica de construção de canoa utilizada pelos povos originários?
Esse é o último verso do poema: “apenas à mercê do remo, do vento e do olhar…”. Como você interpreta esse verso? O que significa a expressão “à mercê”? Por que o poeta usou as reticências?
Por que o poeta dividiu o poema em três estrofes?
O poema, como indica o seu título, fala sobre a “canoa”. A palavra “canoa” é um substantivo feminino e os adjetivos devem concordar com essa condição. Por exemplo: canoa talhada, canoa polida, canoa vermelha, canoa bonita… Na segunda estrofe, porém, o poeta se refere à canoa na forma masculina: “Talhado a pé e a machado, / polido a brasa viva.” Por que o poeta escreveu “talhado” e não “talhada”, “polido” e não “polida”?
Comentário: Porque “talhado” e “polido” estão concordando com a palavra “veículo”, utilizada no último verso da primeira estrofe.
Vamos imaginar que estamos lendo esse poema pela primeira vez – e o poema não tem título. Nós conseguiríamos entender que o poeta está falando da “canoa”? Por quê?
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
Como vimos no site www.criativa.art , o Desenho de Hachuras se baseia em linhas de diversos tipos: retas, paralelas, cruzadas, contornos, rabiscadas, pontilhadas, em zig zag, em espiral, em V e mistas.
Quais os tipos de traços utilizados nessa ilustração?
- Essa ilustração parte do ponto de vista de quem está fora da cena, de alguém que está vendo do alto. Como seria essa cena do ponto de vista do quem está remando a canoa? Utilizando a técnica do Desenho de Hachuras, crie uma ilustração inspirada nesse novo ponto de vista.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Uma pessoa rema sua canoa no Rio Araguaia. Imagine, agora, que o Remo ganhou vida e é capaz de sentir, pensar e falar. Então, você vai escrever sobre essa viagem do ponto de vista do Remo.
- Reescrever.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Vênus
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A construção do poema
- Em “Vênus”, o título é parte integrante do poema. Sem o título, o verso inicial fica sem sentido: “Toda noite é a primeira”. Mas… Quem “é a primeira”? O verbo “é” está se referindo a quem? A resposta, é claro, está no título: Toda noite Vênus é a primeira.
Vamos fazer uma pesquisa sobre Vênus?
Comentário: Vênus é chamada de Estrela Dalva ou Estrela da Manhã, mas na realidade é um planeta. Depois da lua, é o astro mais brilhante. É conhecida também como a Joia do Céu. Vamos consultar esse vídeo da TV UNESP: Astrolab / Vênus: https://www.youtube.com/watch?v=B5-i_LqY4TQ .
Na expressão “à minha”, esse “a” recebe o sinal indicativo de crase. Aqui, a crase é essencial para relacionar o “diamante pontual” com “minha alma garimpeira”. Se não existisse a crase, como ficaria o sentido do último verso?
Comentário: Vamos relembrar, ou ensinar, o que é a crase: a junção de uma preposição com o artigo definido “a”. Para indicar a crase, o “a” recebe um acento grave: “à”. A crase, portanto, permite compreender aqueles dois versos dessa maneira: “diamante pontual / para a minha alma garimpeira”. Sem o acento grave, o leitor ficaria sem entender a relação entre o “diamante” e a “alma”.
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/Português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Comentário:
Lendo em voz alta, percebemos melhor que os versos têm a mesma cadência, porque eles têm métrica: nesse caso, possuem sete sílabas poéticas:
To/da/noi/te é/a/pri/mei (ra)
di/a/man/te/pon/tu/al
à/mi/nha al/ma/ga/rim/pei (ra).
A sílaba poética é contada até a última sílaba tônica do verso. No segundo verso, a última sílaba tônica coincide com a última sílaba. Em alguns casos, uma sílaba é naturalmente pronunciada junto com a sílaba seguinte – como está indicado em negrito. É tão comum essa junção que, em muitos poemas, a expressão “minha alma”, por exemplo, costuma ser grafada assim: “minh’alma”.
A métrica e a rima criam uma espécie de melodia no poema. É por isso que a poesia e a canção são duas amigas inseparáveis.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
Quais os tipos de traços utilizados nessa ilustração?
- Desenhe uma noite estrelada em que Vênus, em destaque, é contemplada por alguém.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- O poeta Pedro Casaldáliga gostava de falar o máximo com o mínimo de palavras. Nesse livro, você vai encontrar nove poemas de três versos e dois poemas de quatro versos.
Experimente criar um poema com apenas três versos, rimando o final do primeiro com o final do terceiro.
- Reescrever.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
O peixe
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
Você já participou de uma pescaria? Como foi a sua experiência?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- O poeta sente as dores do peixe. Em quais versos essa solidariedade se revela?
Como você interpreta essas duas imagens, essas duas definições poéticas de “peixe”: “Pulsar das ondas. Prata viva.” ?
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
Quais os tipos de traços utilizados nessa ilustração?
- Assim como o poeta, o ilustrador se solidariza com o sofrimento do peixe. Por isso, contemplamos a cena na perspectiva do peixe: com seus grandes olhos, ele está saindo da água, fisgado, puxado pela linha do anzol.
Experimente desenhar esta mesma cena na perspectiva do pescador.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Na terceira estrofe, diz o poeta: “enquanto o terno vinco da boca /sussurra palavras de uma cósmica queixa”.
Quais seriam as “cósmicas queixas” do peixe?
- Reescrever.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Berrante à boca da noite
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
Para que serve um berrante?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Assim como no poema “Vênus”, o título é parte integrante do poema. Sem o título, o verso inicial fica sem sentido: “A seu manso convite”. Mas… Quem está convidando?
Quais as outras semelhanças entre esse poema e “Vênus”?
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Comentário: Lendo em voz alta, percebemos que os versos têm métrica, ou seja, têm a mesma cadência – nesse caso, todos possuem seis sílabas poéticas:
A / seu / man / so / com / vi (te)
sa / í / am / as / es / tre (las)
pa / ra / pas / tar / si / lên (cio).
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
- Desenhe uma cena em que as estrelas estão pastando silêncio…
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Crie um poema ou uma canção inspirada no uso que as pessoas fazem do berrante. Utilize o som do berrante como um refrão para o seu poema ou canção.
- Reescrever.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Rede de dormir
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema desperta em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A construção do poema
- O poeta humaniza a rede. Isso quer dizer que ele coloca no objeto algumas características que são próprias das pessoas, como nesse verso: “Malha de sonhos pobres”. Objetivamente, não é a rede, a malha, que sonha, mas a pessoa que está dormindo na rede… Em quais outros versos o poeta revela essa humanização da rede?
Na sua opinião, qual o verso que melhor define a rede de dormir?
A terceira estrofe é composta apenas por dois versos. Por que o poeta resolveu destacar esses versos?
O poeta usa a forma verbal “semear-se”. O que significa essa partícula “se” conectada, por um hífen, ao verbo?
Comentário: Relembrar ou explicar o significado do verbo reflexivo: aquele em que a ação da pessoa é realizada sobre ela mesma. Por exemplo: deitar-se, levantar-se, vestir-se.
O poeta diz na primeira estrofe: “tecida no tear pelas fiandeiras /que Velázquez já conhecia”. Quem foi Velázquez?
Comentário: Velázquez foi um pintor espanhol que nasceu em 1599 e morreu em 1660. Vamos conhecer o seu quadro “A fábula de Aracne”, também conhecido como “As fiandeiras”, acessando o site do Museu do Prado, em Madrid (Espanha): https://www.museodelprado.es/en/itinerary/two-hours-at-the-museum-itinerary/80ddca7e-c34f-4579-b658-46d0ad4791df .
- Vocabulário.
- Espanhol/Português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Comentário: Na terceira estrofe, o poeta usa palavras que possuem o mesmo som: “sulco suspenso” e “semear-se”. O “s” forte ocorre cinco vezes. Chamamos essas repetições sonoras de “aliteração”. Na leitura em voz alta, podemos salientar essa aliteração.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
Como o ilustrador conseguiu criar os efeitos de luz e sombra?
- Expresse em um desenho o acolhimento trazido pela rede.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Crie um poema em que a criança brinca de balançar na rede. Usando o recurso da métrica e da rima, procure fazer com que a melodia dos versos expresse o próprio movimento da rede, como acontece, por exemplo, nas cantigas de ninar, que também são chamadas de cantigas de embalar.
- Reescrever.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Introvertido
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema desperta em você?
O que mais chama a sua atenção ao contemplar um buritizeiro?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Quais as semelhanças e diferenças entre esse poema e “Vênus”?
O Buriti penteia os seus pensamentos… O poeta se inspirou em alguma característica do Buriti para criar essa imagem poética? Quem penteia o Buriti?
Qual o significado da palavra “introvertido”? Por que o poeta escolheu esta palavra para o título do poema?
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
Nessa ilustração em branco e preto, você consegue sentir a cor verde?
- O buritizeiro é uma palmeira muito expressiva… Então, desenhe o seu Buriti usando o Desenho de Hachuras.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Crie um poema ou um conto em que o Buriti revela os seus “pensamentos verdes”.
- Reescrever.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Cavalo sertanejo
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Quais versos revelam a profunda amizade entre o cavalo e o cavaleiro?
O que significa, no último verso, a palavra “súbito”? O que aconteceu com o cavalo?
O que você visualiza diante da expressão “à flor da madrugada”?
O que seria um “vilarejo cansado”?
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Comentário: No poema, não são apenas as palavras que sugerem sentimentos e ideias. O ritmo e a cadência dos versos também sugerem muitas coisas… Por isso, estamos sempre lendo os poemas em voz alta. Assim, sentimos melhor a melodia dos versos.
Na primeira estrofe, por exemplo, percebemos que os quatro versos possuem um ritmo semelhante. É como se esses versos longos sugerissem as longas estradas percorridas pelo cavalo e o cavaleiro…
Vamos ler outra vez a primeira e a segunda estrofes em voz alta e sentir a mudança de ritmo… O que o ritmo da segunda estrofe sugere para você?
Comentário: Podemos interpretar que esses dois versos, de dez sílabas poéticas, sugerem o trote cadenciado do cavalo:
Ca / va / lo / bran / co, / par / do, / ne / gro, / bai (o)
Ca / va / lo / du / ro, / só / brio, / no / bre, / ve (lho)
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
Essa ilustração se relaciona com qual verso do poema?
- Desenhe o “súbito” encontro do cavalo com a cobra.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Crie a história de um cavalo: o seu nascimento, o seu relacionamento com as pessoas e os seus últimos dias.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Cipós
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- O poema cria sete definições poéticas para os cipós. Qual você achou mais interessante? Por quê?
Vamos reler a primeira estrofe de “Cavalo sertanejo” e comparar com a primeira estrofe de “Cipós”. Em “Cavalo sertanejo”, os versos são longos, e em “Cipós” são curtíssimos. Por que o poeta escreveu dessa maneira? Essa escolha está relacionada com o assunto do poema? Por quê?
Assim como fizemos no poema “Canoa”, vamos imaginar que estamos lendo esse poema pela primeira vez – e o poema não tem título. Nós conseguiríamos entender que o poeta está falando dos “cipós”? Por quê?
Vamos reler o último verso da primeira estrofe:
“Bela, como um quadro, a cabeça perfeita.”
Notou algo de estranho neste verso? Como você poderia reescrever este verso?
Comentário: A frase está na ordem inversa. Podemos reescrever assim: “A cabeça perfeita, bela como um quadro.”
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
Na sua opinião, o ilustrador se inspirou em qual definição poética para os cipós?
- Usando a técnica do Desenho de Hachuras, como você representaria os cipós como “cordões umbilicais / da mãe terra”?
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Releia os dois últimos versos do poema… Imagine que é uma cortina de teatro… A cortina se abriu… Escreva uma cena teatral que vai acontecer no “coração da floresta”. O que estaria acontecendo? Quem seriam as personagens? Como seria a conversa entre elas?
- Reescrever.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Gaivota
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- No primeiro verso, o poeta diz: “Mensagem à flor do sonho, à flor do rio”. Mais adiante, no final da segunda estrofe, ele repete: “à flor do sonho, à flor do rio”. Por que o poeta quis repetir esse trecho? Que efeito essa repetição despertou em você?
No início do segundo verso, temos um travessão. O que significa isso?
Comentário: O travessão pode ser usado para indicar a fala de uma personagem. Nesse caso, podemos interpretar que é a fala da própria Gaivota.
Na terceira estrofe, o poeta anuncia: “Por erro, de um tiro, morta…” Por que essa estrofe tem apenas um verso?
Comentário: Além de interromper a vida da Gaivota e a sua mensagem, esse tiro interrompe o poema. A partir desse verso, o poema deixa de existir. Na última estrofe, composta por dois versos, o poeta apenas revela a sua incapacidade de se comunicar. Esse verso solto no espaço em branco da página pode também simbolizar, visualmente, a trajetória da bala que corta o ar até atingir a Gaivota.
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
Comentário: Vamos observar que o poeta usou a palavra “gaivota”, que é da língua portuguesa, no poema em espanhol, e a palavra “gaviota”, que é da língua espanhola, no poema em português.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
- Desenhe a cena do atirador disparando contra a Gaivota.
QUINTA FONTE: A arte de escrever
- No penúltimo verso, o poeta fala sobre a “Mensagem velada”. Imagine que você é a gaivota e vai escrever uma carta para nós, seres humanos…
- Reescrever.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Beija-flor
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Quais são as definições poéticas de beija-flor?
No primeiro verso, o poeta não usou simplesmente o adjetivo “miúdas”, mas a forma superlativa: “miudíssimas”. Por que ele fez essa escolha?
Vamos reler o primeiro verso da segunda estrofe:
“A dois passos de mim, coroando-me”…
O que significa essa partícula “me” conectada, por um hífen, ao verbo “coroando”?
Comentário: Este “me” é um pronome. Ele está no lugar da palavra “mim”. Vamos relembrar, ou ensinar, o que é “ênclise”.
Assim como no poema “Gaivota”, o poeta não faz uma análise biológica do “Beija-flor”, mas se baseia em algumas características desse pássaro. Vamos fazer uma pesquisa sobre o beija-flor?
Comentário: Nesse vídeo, “Globo repórter: A beleza dos beija-flores!”, vamos descobrir aspectos muito interessantes sobre a sua anatomia e o seu jeito de voar:
https://www.youtube.com/watch?v=bhwiKjZwQZY
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
- Desenhe a “aquarela de cores” ou a “espiral de luz” ou a “hélice de arco-íris” – ou todas essas coisas misturadas.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Crie um diálogo entre o Beija-flor e a Gaivota.
- Reescrever.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Palmeira
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
Vamos reler o poema “Rede de dormir”? E como você imagina “a rede de um verso”? Na sua opinião, esse poema se parece com qual imagem do poema “Rede de dormir”?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Esse é o quarto poema que possui apenas três versos. Vamos recordar os três anteriores? Quais as semelhanças e diferenças entre esses quatro?
A expressão “minha alma” está presente também no poema “Vênus”. Vamos reler este poema? Quais as semelhanças entre “Palmeira” e “Vênus”?
Como você visualiza a “rede de um verso”?
Comentário:
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Comentário: Lendo em voz alta, percebemos melhor que os versos têm a mesma melodia – nesse caso, todos possuem cinco sílabas poéticas:
En/tre/pal/ma e/ pal (ma)
na/re/de/de um/ ver (so)
eu/dei/to/mi/nha al (ma)
Lembrando…
A sílaba poética é contada até a última sílaba tônica do verso. Em alguns casos, uma sílaba é pronunciada junto com a sílaba seguinte – como está indicado em negrito.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
Compare esta palmeira com a ilustração do poema “Buriti”. O que você observou?
- Desenhe a Palmeira cercada por algumas personagens dos poemas anteriores: estrelas, cavalo, gaivota, beija-flor…
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Crie um poema que fale sobre… o próprio ato de escrever o poema!
- Reescrever.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Nossas vidas são os rios
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
Você conhece uma canção que fala do Rio Araguaia?
- Espanhol/português: Audição
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- O primeiro verso está entre aspas, porque é uma citação de um verso do famoso poema “Coplas a la muerte de su padre”, do poeta espanhol Jorge Manrique, que viveu no século XV.
Por que esse poema, “Nossas vidas são os rios”, serviu de título para a primeira parte desse livro? O que os poemas da primeira parte têm em comum?
Como o título vai ganhando sentido ao longo do poema?
Em que momento, a “Canoa”, que está no primeiro poema, reaparece aqui?
Em qual poema foi utilizada também a palavra “súbito”?
Vamos reler esses dois versos: “(Os peixes que dão vida, / sacrificados à brasa e à pimenta.)” Por que eles estão entre parênteses?
Como você compreende esse verso: “como a um lar trágico e feliz”?
O que seriam essas “cartas trêmulas”?
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Comentário: Leia em voz alta esse verso:
“Que se ama e se agradece e se teme e se deseja…”
Ao utilizar três vezes a conjunção “e”, o poeta potencializou o significado dos verbos: ama, agradece, teme e deseja. Essa força expressiva se revela na leitura silenciosa, mas pode transparecer ainda mais na leitura em voz alta.
Comentário: Assim como observamos no poema “Rede de dormir”, vamos dar destaque às aliterações: “multiforme fauna”, “Os peixes elétricos / crepitando a morte, “as cargas e as cartas”, “poente e pura”.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
- O poeta descreve várias cenas em torno do Rio Araguaia… Qual cena você gostaria de desenhar?
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Você pode descrever o Rio Araguaia na perspectiva geográfica: ele tem 2.115 quilômetros de extensão e é navegável em 1.818 quilômetros. Ele nasce nos municípios de Mineiros (Goiás) e Alto Taquari (Mato Grosso). No total, ele banha 34 municípios e deságua no Rio Tocantins. Com o Rio Javaé, forma a maior ilha fluvial do mundo: a Ilha do Bananal.
Você pode descrever o Rio Araguaia na perspectiva dos peixes, dos bichos, dos pássaros, das plantas, das árvores, das matas…
Você pode descrever o Rio Araguaia na perspectiva das histórias, das lendas, das pinturas, dos artesanatos, das esculturas, das canções, dos poemas…
Você pode descrever o Rio Araguaia na perspectiva humana: as lavadeiras, as crianças, os povos originários, os pescadores, os lavradores, os ribeirinhos, os barqueiros…
- Escolha uma dessas perspectivas, ou misture algumas, ou todas, e escreva uma reportagem sobre o Rio Araguaia.
- Reescrever.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Segunda parte
O coração cheio de nomes
Diante de nós ia a garça branca
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- De imediato, visualmente, a segunda estrofe chama a nossa atenção. Por que ela está deslocada à direita e entre parênteses? A quem o poeta dirige as duas perguntas?
Na última estrofe, o poeta anuncia: “Diante de nós / ia a garça branca / como uma Boa-Nova rente à grama e entre cascos…” Na língua grega, a palavra “Evangelho” significa “Boa-Nova”, boa mensagem, boa notícia. Então, vamos ler essa passagem do Evangelho de Mateus: Capítulo 2, do versículo 1 ao versículo 12. Quais relações você estabelece entre os acontecimentos narrados por Mateus e o poema?
Comentário: Podemos relacionar a estrela com a Garça Branca: “Diante de nós ia a garça branca”; os Magos com os cavaleiros: “Éramos três cavalheiros, / três chapéus de palha”; e o Menino Jesus, o recém-nascido, com o mundo recém-criado: “E era tão verde o campo / que o mundo parecia / recém-criado”.
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
No momento de dar voz ao poema, a segunda estrofe merece uma entonação especial… Como você imagina essa entonação?
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
Por que o ilustrador optou por focalizar os três cavaleiros de costas?
- Desenhe essa cena na perspectiva da Garça Branca.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Como seria o nascimento de Jesus no sertão do Brasil?
- Reescrever.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Abraão
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Quem foi Abraão?
Comentário: Podemos conhecer a sua história lendo o livro de Gênesis: do capítulo 12 ao 25.
Quais as diferenças entre “ver”, “observar” e “contemplar”?
As “estrelas” estiveram presentes em outros poemas. Vamos recordar?
E se Abraão tentasse numerar as estrelas? Afinal, quantas estrelas, aproximadamente, existem no Universo?
Comentário: “É muito difícil estimar o número de estrelas e de galáxias no Universo. As estrelas não estão espalhadas ao acaso pelo Universo, mas encontram-se aglutinadas em “ilhas estelares”, denominadas galáxias. Estima-se que a nossa galáxia, a Via Láctea, possui de 200 a 400 bilhões de estrelas. As galáxias possuem em média centenas de bilhões de estrelas. E as estimativas também apontam para centenas de bilhões de galáxias no Universo. Isto resultaria na existência de mais de 10 sextilhões de estrelas. Para comparação, o número de estrelas no Universo pode ser maior do que o número de grãos de areia na Terra, ou da ordem do total de células existentes em todos os seres humanos do nosso planeta.” (Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
Na sua opinião, Abraão está contemplando, tentando numerar ou em dúvida sobre o que fazer diante do céu estrelado?
- Vamos pesquisar sobre as constelações? Cada constelação recebe um nome de acordo com o desenho que ela sugere – como na brincadeira de ligar-os-pontos. Desenhe as constelações que mais despertaram a sua admiração.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Descreva uma experiência de contemplação. Por exemplo: o nascer do dia, uma chuva torrencial, um velho, uma criança brincando…
- Reescrever.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Plantei um jardim
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
Você cuida de plantas e flores?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Como você interpreta esse verso: “Pratico a beleza inutilmente.”?
O poeta se sente profundamente solidário com as pessoas, como nos poemas “Rede de dormir” e “Nossas vidas são os rios”. Mas essa solidariedade não se limita às pessoas… É por isso que ele humaniza tudo que está ao seu redor, emprestando sentimentos, palavras e ideias a todos os seres vivos e às coisas. Por exemplo… Humaniza os animais: “O peixe”, “Gaivota”, “Beija-flor” e “Cavalo sertanejo”. Humaniza as estrelas: “Berrante à boca da noite”. Humaniza os objetos: “Rede de dormir”. Humaniza os vegetais: “Introvertido” e “Cipós”. Vamos recordar alguns desses poemas?
Qual a diferença entre a segunda e a terceira estrofe?
Comentário: Podemos apontar, por exemplo, a diferença de ponto de vista: na segunda estrofe é o poeta que cuida das plantes; na terceira, são as plantas que cuidam do poeta.
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
- Escolha um vaso de plantas como modelo… Desenhe observando a incidência da luz e o sombreamento.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- “Elas nunca me disseram como sentem / este humano desvelo sem cobiça”. E se as plantas resolvessem dizer como realmente sentem esse “humano desvelo”?
- Reescrever.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Ecologia suprema
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- O poeta introduz um novo significado à palavra “ecologia”. Normalmente, falamos que as pessoas poluem, mas o poeta diz que as pessoas também podem ser poluídas. Como você compreende essa ideia?
Por que o poeta usa a expressão “imagem de Deus” ao se referir ao “homem”?
Comentário: O livro de Gênesis universalizou essa expressão: “E Deus disse: – Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” 1, 26). Aqui, a palavra “homem” se refere a todas as pessoas, à humanidade: mulheres e homens.
Por quer o poeta usou a palavra “suprema” no título?
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
- Imagine que o personagem dessa ilustração olha para um “homem” que está sendo poluído… Como você desenharia essa cena.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Escreva um poema inspirado nesse novo significado da palavra “ecologia”. Para provocar a imaginação, vamos ler esse poema de Manuel Bandeira:
O Bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
- Reescrever.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Canção interrompida para um canarinho morto
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Por que o poeta chama esse poema de “canção”?
Comentário: O poeta se solidariza com o canto do canarinho e transforma o seu poema em canção. Para dar mais ritmo e melodia ao poema, salientando esse estilo de “canção”, o poeta utiliza as rimas em todas as estrofes.
Identifique todas as rimas das três primeiras estrofes, observando como elas se articulam. Depois, identifique as rimas das quatro últimas estrofes, observando como elas se articulam de maneira diferente.
Como podemos relacionar esse poema com “O peixe”?
O poeta está contando a história de um pássaro que foi ferido. Aqui, o poeta é um narrador.
Mas no final da primeira estrofe aparecem três travessões. Isso significa que esses versos foram pronunciados por três personagens diferentes. A terceira estrofe inteira é introduzida por um travessão. Isso significa que outra personagem está falando esses cinco versos. Quem seriam essas personagens?
Por que o poeta resolveu introduzir essas personagens e não continuou ele mesmo falando, como ocorre, por exemplo, nas quatro últimas estrofes?
Vamos reler essa estrofe:
“Não pudemos salvá-lo…
O estilingue de um menino
acabara de matá-lo.”
No poema “Beija-flor”, comentamos sobre a ênclise, que ocorre aqui em “salvá-lo” e “matá-lo”. Mas nessa estrofe ocorre a palavra “acabara”. O que significa essa forma verbal?
Comentário: Vamos relembrar, ou ensinar, o emprego desse tempo verbal: o pretérito mais-que-perfeito, que indica um fato ocorrido no passado antes de outro acontecimento ocorrido também no passado. No caso do poema, temos um fato que já ocorreu: o canarinho foi ferido. E agora, o poeta relata outro fato ocorrido antes da ferida fatal: “o estilingue de um menino / acabara de matá-lo”.
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Comentário: Em “Nossas vidas são os rios”, o poeta usou esse recurso expressivo:
“Que se ama e se agradece e se teme e se deseja…”
Aqui, usou novamente essa repetição da conjunção “e”:
“Que o sol e a chuva e o vento e a lua”.
Esse recurso expressivo se revela na leitura silenciosa, mas pode transparecer ainda mais na nossa leitura em voz alta.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
- O pássaro está caído, morto, mas a planta está viva, solidária, e se ergue para o céu: “Seu coração ferido por esta terra amiga / dará uma flor sonora”. Desenhe essa “flor sonora”.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- “(…) e outros pássaros netos
colherão a herança da sua interrompida cantiga
para os meninos pobres e analfabetos.”
E se a cantiga do pássaro não fosse interrompida? Como seria o nosso poema no estilo de “canção”? Lembrando… A presença da rima é essencial! Além de escrever, que tal musicar o seu poema?
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Fazer das tripas coração
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Você já tinha escutado a expressão “fazer das tripas coração”?
O que significa essa expressão? Em que contextos você usaria essa frase?
Pedro Casaldáliga gostava de citar uma frase do filósofo espanhol Ortega y Gasset (1883 – 1955): “O homem é o homem e suas circunstâncias”. Vamos investigar os significados da palavra “circunstâncias”?
Comentário: Podemos compreender as “circunstâncias” como as condições concretas da vida cotidiana, a realidade pessoal, os sentimentos, as ideias, os valores, as relações sociais e o momento histórico de cada pessoa.
Por que a palavra “Paz” está escrita com inicial maiúscula?
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
- Crie um desenho que revele um aspecto importante das “circunstâncias” de sua vida.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- A expressão “fazer das tripas coração” faz lembrar dos provérbios, que também são frases curtas carregadas de significados. Por exemplo…
“Para bom entendedor, meia palavra basta.”
“A gente reconhece a árvore pelos frutos.”
“Quem vê cara, não vê coração.”
“Água mole em pedra dura
tanto bate até que fura.”
Pesquise na família e na comunidade outros provérbios.
Crie uma história em que você utilize vários provérbios.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Se o dia fosse só dia
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Por que o poeta usou a mesma estrutura de frase e com várias palavras repetidas?
Como você compreende esses versos: “seria dia demais” e “seria noite demais”?
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
Quais os recursos técnicos usados pelo ilustrador para expressar o dia e a noite?
- Desenhe um momento de transição entre o dia e a noite: os primeiros raios de Sol do amanhecer ou as últimas luzes antes do anoitecer.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Imagine uma história em que o Sol não aparece na hora esperada e a noite se estende indefinidamente – ou em que a noite não chega e o dia permanece…
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Retificação
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- No poema anterior, o poeta falou da aparente contradição entre o “dia” e a “noite”. Mas, na verdade, essas duas coisas se harmonizam.
Aqui, o poeta está falando da aparente contradição entre “saber esperar” e saber “forçar / as horas daquela urgência / que não permite esperar”. Como essas duas coisas podem se harmonizar?
O que significa a palavra “retificação”? Por que o poeta escolheu esta palavra como título para o poema?
Comentário: Podemos imaginar que o poeta está “retificando”, ou seja, “corrigindo” uma ideia muito comum, que se expressa no famoso provérbio: “Quem espera sempre alcança”.
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Comentário: Vamos reler, em voz alta, a penúltima estrofe do poema “Canção interrompida para um canarinho morto”:
“Canarinho morto sem razão alguma,
pardo e amarelo como esta canção!
Que o sol e a chuva e o vento e a lua
encontrem florido seu bom coração!”
Nessa estrofe, podemos naturalmente dar uma pequenina pausa no final de cada verso, porque cada verso traz uma “ideia completa”. Além de ajudar no ritmo da leitura, essas pequenas pausas ajudam a salientar as rimas. Essa cadência ocorre em quase todos os poemas de Pedro Casaldáliga.
Agora, vamos reler, em voz alta, o poema “Retificação”:
“Saber esperar, sabendo,
ao mesmo tempo forçar
as horas daquela urgência
que não permite esperar…”
Se dermos uma pausa após o segundo verso, o poema fica artificial, sem sentido, porque o verso “ao mesmo tempo forçar” traz uma ideia incompleta, deixando no ar uma interrogação: “forçar” o quê? E a resposta está no terceiro verso: “as horas”.
Experimente, agora, realizar a leitura expressiva com a seguinte cadência:
“Saber esperar,
sabendo, ao mesmo tempo
forçar as horas
daquela urgência
que não permite esperar…”
A rima entre “forçar” e “esperar”, que ocorria entre o segundo e o quarto versos, quase se perde nessa nova dinâmica. Mas podemos salientar a rima pronunciando com uma entonação diferente o primeiro verso: “Saber esperar”. E pronunciando com mais intensidade a palavra “forçar”.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
Você consegue observar movimento nessa ilustração? Por quê?
Como você relaciona essa ilustração com o conteúdo do poema?
- Desenhe, em forma de história em quadrinho, uma situação cotidiana que expresse essa tensão entre “esperar” e “forçar as horas”.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Crie um poema que fale sobre o tempo. Para provocar a imaginação, vamos ler esse poema de Paulo Gabriel:
Lentamente
Como passou depressa a vida!
O difícil é suportar a lentidão desta tarde
que não passa.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Maturidade
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Em quais outros poemas o tema da “noite” está presente? Vamos recordar?
Por que o último verso termina com um ponto de exclamação?
Por que o poema tem como título a palavra “maturidade”?
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
Como a ilustração se relaciona com o poema?
- Desenhe o “dia louco”.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Crie um poema que revele a pergunta feita “à noite sábia” e a resposta dada por você mesmo.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Pai pão nosso
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- No poema, qual a relação entre os verbos “rezar” e “viver”?
Por que as palavras “Pai” e “Pão” têm as iniciais maiúsculas?
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
- Contemple e desenhe a sua mão.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Imagine uma história escrita… a quatro mãos! Então, convide um colega para escrever essa história com você.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
De noite
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
Qual o significado de “Fé” na sua vida?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Que relações você estabelece entre esse poema e “Maturidade”?
É a primeira vez que aparece a palavra “Fé” nesse livro. Mas… A noção de “Fé” já estava presente, nas entrelinhas, em poemas anteriores?
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
- Crie um desenho que expresse a sua noção de “Fé”.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- A luz da Lua é um reflexo da luz do Sol… Escreva um diálogo entre a Lua e o Sol.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Presenças
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
Como é “falar com amigos ausentes”? Você já viveu algo assim?
Somente no último verso, o poeta revela que Alguém estava “persistentemente presente”. Qual o significado de “Deus” na sua vida?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Por que o poeta repete a expressão “Encontro-me sempre”?
A partir da terceira estrofe, surgem sete versos que rimam em “ente”, sendo que no último surge uma rima dentro do mesmo verso. Como você relaciona essa repetição de rimas com o conteúdo do poema?
Comentário: Podemos interpretar que a insistente presença da rima, que se revela no nível das palavras, expressa a insistente presença de Deus, que se revela no nível das ideias do poema.
E o poeta usou aquele mesmo recurso expressivo usado nos poemas “Nossas vidas são os rios” e “Canção interrompida para um canarinho morto”: a repetição da conjunção “e”:
“Um pássaro e uma criança e uma árvore, viventes.”
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
Os elementos da ilustração estão interligados: o pássaro, a árvore, o homem, a criança, o livro… Tem um fio ligando tudo isso… Como isso se relaciona com o poema?
- Inspirado nessa ilustração, crie um desenho em que o mesmo fio serve para unir diversos elementos e situações.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- “Encontro-me sempre / com um livro em frente”. Imagine o livro que o poeta está lendo… Que livro é esse? Por que ele escolheu esse livro? O que ele está achando dessa leitura?
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Profeta
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Em alguns poemas, como já vimos, o poeta cria imagens aparentemente contraditórias. Nesse caso, o verbo “gritar” não está associado à “boca”, mas aos “olhos”. Como você compreende essa imagem?
Você já viu uma pessoa que “grita com os olhos”? Em que situação?
Já viveu alguma situação em que você gritou com os olhos?
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
- Desenhe uma cena em que o “profeta” está presente.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- O poema é composto por uma frase: “Profeta é aquele que grita com os olhos.” Mas, é claro, o autor não desejou dar uma definição de dicionário para a palavra “profeta”. Ele deu a sua compreensão poética sobre o “profeta”. Por isso, o poeta recortou o texto, transformando uma frase em três versos e criando enormes espaços vazios entre as palavras – e nós, leitores, preenchemos esses vazios com a nossa imaginação, a nossa interpretação… Escreva uma frase e depois transforme essa frase em versos.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Testamento
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- “Que me enterrem no rio, / perto de uma garça branca.” Esta segunda parte do livro começou com o poema “Diante de nós ia a garça branca”. Como você relaciona esses dois poemas?
O tema da “morte” já apareceu em outros poemas lidos até aqui. Vamos recordar?
A morte, entretanto, não é vista como um fim, mas uma passagem, uma continuidade em outra dimensão. Em que versos o poeta revela essa maneira de entender a morte?
Esse poema segue uma forma conhecida como soneto: são 14 versos divididos em dois quartetos e dois tercetos. Localize as rimas, observando como elas se articulam ao longo do poema.
Observe essas duas palavras que aparecem no poema: garça e graça. O que elas têm em comum?
Comentário: A palavra “garça” é um anagrama de “graça”. Isso quer dizer que elas são escritas com as mesmas letras, mas em ordem diferente.
Mais uma vez, o poeta usa imagens aparentemente contraditórias: “o êxito do fracasso” e “toda rota é porto”. Como você interpreta esses versos?
“A sombra em cruz da vida”. O que seria essa “sombra em cruz”?
- Vocabulário.
- Espanhol/Português: Comparação.
- Espanhol/Português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
- A cena é vista por alguém que está em uma canoa, no meio do rio, ou na outra margem. Como seria essa cena vista na perspectiva da Garça?
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Conte a história de uma pessoa que está escrevendo o seu testamento.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
Descoberta
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- As referências ao “dia” e à “noite” aparecem em muitos poemas. Por exemplo: “Vênus”, “Berrante à boca da noite”, “Abraão”, “Se o dia fosse só dia”, “Maturidade” e “De noite”. Como você interpreta os significados do “dia” e da “noite” nesses poemas?
Por que as palavras “Tua Mão” têm iniciais maiúsculas?
Como você relaciona a “Mão”, nesse poema, com as “mãos”, em “Pai pão nosso”?
O poema expressa o seu conteúdo também no aspecto visual: de repente, os versos ficam curtos, curtíssimos, como se estivessem diante daquele “alegre espanto”, e somente o último verso se alonga mais do que todos, como um braço que se estende para oferecer a mão…
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
- Desenhe o “alegre espanto”.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Na ilustração, de quem seria essa mão? Que circunstâncias essa pessoa está vivendo? Qual a intenção desse gesto? A quem ela dirige esse gesto? O que está acontecendo entre essas duas pessoas?
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
O coração cheio de nomes
PRIMEIRA FONTE: As repercussões do poema no leitor
- Quais impressões, sentimentos e reflexões o poema despertou em você?
- Espanhol/português: Audição.
SEGUNDA FONTE: A arquitetura do poema
- Como as imagens de “caminho” se relacionam nesses três poemas?
“Mostrando que caminhos
ainda não trilhados?”
(Do poema “Diante de nós ia a garça branca”)
“Companheiro de todos os percalços,
para todas as horas e caminhos,
espartano na sede e no cansaço.”
(Do poema “Cavalo sertanejo”)
“Ao final do caminho me dirão”
(Do poema “O coração cheio de nomes”)
Quem são essas pessoas que “me dirão”?
Aqui também aparece aquele recurso que não temos em português:
¿Has vivido? ¿Has amado?
A frase começa com um ponto de interrogação invertido. O objetivo, como já observamos no poema “Canoa”, é fazer com que o leitor se prepare para dar a entonação correta. Nesse caso, como a frase é muito curta, instantaneamente os nossos olhos localizam o ponto de interrogação. Em frases longas, entretanto, esse recurso é muito útil.
Em que situações costumamos usar a expressão “abrir o coração”?
O título desse livro foi retirado de um verso de um poema. Vamos encontrar esse poema? Por que esse verso foi escolhido como título? Que verso, de outro poema, você escolheria para o título desse livro?
- Vocabulário.
- Espanhol/português: Comparação.
- Espanhol/português: Audição.
TERCEIRA FONTE: O poema em voz alta
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
- Português: Audição.
QUARTA FONTE: A expressão visual e o poema
- Quais impressões, sentimentos e reflexões a ilustração despertou em você?
A ilustração da capa do livro foi retirada de qual poema? Por que essa ilustração foi escolhida para a capa? Qual ilustração você escolheria para a capa do livro? Por quê?
- “Um nome é quase uma presença.” (Gustavo Corção) Se você abrisse o seu coração agora, quais nomes você encontraria? Então, desenhe essas pessoas.
QUINTA FONTE: A arte de escrever e reescrever
- Vamos reler esse trecho do poema “Nossas vidas são os rios”:
“As famílias que chegam, retirantes;
os doentes que vão à deriva;
as cargas e as cartas trêmulas;
as mulheres batendo a roupa indiscreta;
os homens na popa;
os homens no remo;
e as crianças, banhando-se,
somam-se às águas como peixes.”
Aqui, o poeta se refere às pessoas de uma maneira geral: retirantes, doentes, mulheres, homens, crianças…
E se cada uma dessas pessoas tivesse um nome, uma família, um passado, um projeto de vida, um jeito de ser, uma personalidade… Tendo como ponto de convivência o Rio Araguaia, conte a história de uma dessas pessoas.
- Leitura Expressiva. Jogral. Declamação.
LEITURA EXPRESSIVA
Vamos incentivar o aluno a dar voz aos poemas.
Quando a vocalização é feita com o livro nas mãos, passeando os olhos no texto escrito, ela pode ser chamada de Leitura Expressiva. Mas… O processo de dar voz ao poema deve ser um processo de compreensão das palavras, das imagens, dos versos, das estrofes…. Quando eu me coloco dentro do poema, as palavras ganham o poder de atrair os ouvintes. E é justamente essa compreensão que estamos desenvolvendo ao longo desse Roteiro de Leituras.
Na Leitura Expressiva, os ensaios em voz alta são essenciais para treinar a boa articulação de todas as palavras, sílabas e letras, e para mapear os versos com as entonações, ritmos e pausas adequadas. Por exemplo… “Aqui, para marcar essa imagem, vou pronunciar o verso mais lentamente”; “Aqui, para acentuar o suspense, vou fazer um breve silêncio”; “Aqui, para provocar ainda mais a imaginação do ouvinte, vou alongar a vogal”…
Na Leitura Expressiva, os nossos gestos estão limitados, porque as mãos estão segurando o livro. Mas… Nas minhas mãos, o livro funciona também como um objeto de cena. Por exemplo: eu viro lentamente a página e ainda aliso a página seguinte antes de continuar a leitura; seguro o livro ora com a mão esquerda ora com a direita; seguro o livro com as duas mãos… E realizo esses movimentos com calma, como se o carinho que eu dedico ao livro simbolizasse o carinho que eu dedico aos ouvintes.
Nesse tipo de vocalização, o aluno não precisa memorizar o poema, mas como já leu muitas vezes, ele conhece muito bem o texto. Isso permite que, em várias ocasiões, o leitor tire os olhos do livro e olhe nos olhos dos ouvintes. E esse “olhar nos olhos” é importante para que os ouvintes se envolvam mais intimamente com o poema.
JOGRAL
O Jogral, ao contrário da Leitura Expressiva e da Declamação, é uma atividade para ser realizada em grupo: cada participante vai declamar um verso, sendo que, em determinados momentos, duas ou três pessoas podem declamar juntas o mesmo verso ou uma parte do verso. Com o Jogral, o poema ganha a dinâmica de um coral de vozes.
Por exemplo…
Um grupo de seis alunos vai preparar o Jogral do poema “Canoa”. O primeiro passo é ler, reler e comentar coletivamente.
Em seguida, o grupo distribui os versos entre os participantes – que serão identificados pelos números 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
- Canoa
- Poema de Pedro Casaldáliga
[Pausa]
- Simplicidade perfeita.
- Arte de deuses livres.
- Réplica fiel de pássaros e peixes.
- O mais belo veículo que lavraram os homens!
- (2) (3) Talhado a pé e a machado,
(4) (5) (6) polido a brasa viva.
- (2) Pura estabilidade,
- (4) sem peso e sem medida,
(5) (6) apenas à mercê do remo,
(1) (2) (3) do vento
(4) (5) (6) e do olhar…
Este é apenas um exemplo de Jogral para o poema “Canoa”. O grupo pode criar muitas dinâmicas diferentes.
Na primeira parte, por exemplo, cada participante declamou um trecho. Em seguida, tivemos declamações em trios, em duplas e novamente em trios.
Primeiro detalhe: Logo após o título, devemos sempre falar o nome do poeta. Isso vale para o Jogral, a Declamação e a Leitura Expressiva.
Segundo detalhe: No poema, o primeiro verso é assim: “Simplicidade perfeita. Arte de deuses livres.” Nesse Jogral, dividimos o verso entre dois declamadores: (3) “Simplicidade perfeita.” e (4) “Arte de deuses livres.” O mesmo ocorreu com o último verso, que foi dividido em três partes. No Jogral, temos essa liberdade.
Terceiro detalhe: No Jogral, não é necessário memorizar o texto, pois os participantes podem estar com o livro nas mãos. Mas, é claro, a apresentação ganha um brilho especial, quando o grupo tem o poema e a dinâmica memorizados.
DECLAMAÇÃO
Quando a vocalização é feita a partir de um poema memorizado, ela pode ser chamada de Declamação. Quando o texto está memorizado, o nosso corpo está inteiramente livre para participar da vocalização.
Para memorizar o poema, o aluno pode seguir esses três passos:
Primeiro:
Usar a técnica acumulativa: decorar o primeiro verso; depois, o segundo; em seguida, repetir o primeiro e o segundo; decorar o terceiro; em seguida, repetir o primeiro, o segundo e o terceiro; e assim sucessivamente – até internalizar todo o poema.
Detalhe importantíssimo! Memorize o poema exatamente como está escrito, sem alterar, suprimir ou inverter qualquer palavra ou letra.
Segundo:
Decorar sempre falando o texto em voz alta, articulando muito bem as palavras, até mesmo exagerando nessa articulação. Podemos também realizar pequenos gestos que estejam em harmonia com o texto: movimentos com os braços e as mãos, expressões faciais e deslocamentos no espaço.
Toda a gestualidade deve ser simples, suave, discreta, para que os ouvintes possam se concentrar na parte mais importante do poema: as palavras.
Terceiro:
E este é o passo mais importante… O processo de memorização é também um processo de compreensão do poema. Quando eu me coloco dentro do poema, as palavras ganham o poder de atrair os ouvintes.
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